Brasil joga bem, empata com a Argentina e segue invicto nas Eliminatórias

Time do técnico Tite teve as melhores chances no clássico

Publicado em 16 de novembro de 2021 às 22:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Lucas Figueiredo/ CBF

Pressão, estádio pequeno, 25 mil pessoas nas arquibancadas e erro claro de arbitragem. Nada disso foi capaz de fazer o Brasil se amedrontar no clássico desta terça-feira (16), diante da Argentina, em San Juan. Já garantida na Copa do Mundo de 2022, no Catar, a Seleção encarou o desafio, segurou os rivais e empatou o 0x0, mantendo a invencibilidade nas Eliminatórias Sul-Americanas. 

Sem Neymar, Tite optou pela entrada de Vini Jr no lado esquerdo do ataque. Matheus Cunha, por sua vez, ganhou a vaga de Gabriel Jesus como centroavante. No setor defensivo, Fabinho e Éder Militão entraram nos lugares de Casemiro e Thiago Silva. 

Nos 10 minutos iniciais, os donos da casa deixaram claro qual seria a postura: pressionar na marcação e não dar espaço para os brasileiros. Até deu certo, mas a estratégia também permitia que o Brasil buscasse os contra-ataques, o que aconteceu. 

Foram três boas oportunidades para a equipe verde e amarela em sequência, sendo duas delas com Vini Jr. Na primeira, o atacante errou a passada na entrada da área e saiu com bola e tudo. Na segunda, cara a cara, tentou encobrir Martínez e errou o alvo. Por fim, Matheus Cunha arriscou do meio-campo e por pouco não surpreendeu.  

Com o passar do tempo, os argentinos começaram a ficar impacientes com a falta de oportunidades e o jogo ficou mais tenso. Responsável por armar o jogo para a Seleção, Lucas Paquetá sofreu com as pancadas no tornozelo cada vez que recebeu a bola. 

Aos 33 minutos, um lance que poderia mudar a história do jogo. Raphinha fez jogada pela linha de fundo e perdeu a bola. Na tentativa de recuperar, levou uma cotovelada em cheio do zagueiro Otamendi. O juiz não deu nada, o VAR não recomendou a revisão e ficou por isso mesmo. O brasileiro, com a boca sangrando, precisou de atendimento. 

Antes do intervalo, o Brasil ainda tomou um susto. Messi tocou para Acuña, que achou um bom passe para De Paul. Na entrada da área, o volante arriscou e Alisson se esticou para espalmar. 

Segundo tempo

Depois do descanso, Tite resolveu manter a mesma escalação para a etapa final. Já Scaloni colocou Joaquín Correa e Lisandro Martínez nos lugares de Lautaro e Paredes, respectivamente. Com menos de 10 minutos, Romero sentiu lesão muscular e deu lugar a Pezella na zaga. 

A primeira boa chance veio aos 15 minutos e foi do time canarinho. Em cobrança de falta brasileira, a zaga argentina afastou e a redonda sobrou para o volante Fred. Ele dominou, emendou de perna direita e acertou o travessão. 

Logo depois, Vini Jr brilhou. Pegou a sobra na linha de fundo, deu uma carretilha em Molina e passou para Paquetá, que bate cruzado. Matheus Cunha tentou finalizar e a bola foi pra fora. 

Dali pra frente, o jogo ficou truncado no meio de campo e as chances de gol desapareceram. Restou ao Brasil fazer testes com as entradas de Antony e Gerson, e confirmar a igualdade em 0x0. 

A Seleção só volta a jogar em 2022, no dia 27 de janeiro, quando encara o Equador fora de casa. Depois, recebe o Paraguai no dia 1º de fevereiro, no Mineirão, em Belo Horizonte. 

Ficha técnica: 

Argentina: Martínez, Molina, Romero (Pezella), Otamendi e Acuña; Paredes (Lisandro Martínez), De Paul e Lo Celso (Domínguez); Messi, Lautaro Martínez (Joaquín Correa) e Di María (Julián Álvarez) Técnico: Lionel Scaloni

Brasil: Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Alex Sandro; Fabinho, Fred e Lucas Paquetá (Gerson); Raphinha (Antony), Matheus Cunha (Gabriel Jesus) e Vini Jr Técnico: Tite

Estádio Bicentenário, em San Juan (Argentina)

Cartão amarelo: Paredes, Romero, Pezella e Acuña (Argentina); Paquetá e Fabinho (Brasil)

Árbitro: Andres Cunha, auxiliado por Richard Trinidad e Nicolas Taran (trio do Uruguai)