Brasil leva susto, mas vence a República Tcheca de virada

Seleção saiu atrás no primeiro tempo, mas garantiu o triunfo na segunda etapa

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  • Da Redação

Publicado em 26 de março de 2019 às 18:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Pedro Martins/MoWa Press

A seleção brasileira terminou com vitória o giro amistoso que realizou na Europa. Nesta terça-feira (26), em Praga, ganhou de virada da República Tcheca por 3x1, num jogo em que teve um péssimo primeiro tempo, mas que fez uma boa exibição da etapa final. Um fator positivo para a equipe, que no último sábado sofreu até para concluir contra o gol do Panamá no empate por 1x1, foram os gols dos dois centroavantes do time. Roberto Firmino marcou o primeiro da Seleção contra os tchecos e Gabriel Jesus, que entrou durante a partida, fez os outros dois. Mas bom futebol mesmo nestas duas partidas, a equipe só jogou no segundo tempo do amistoso com os tchecos, quando foi ofensiva, teve boa movimentação e variação de jogadas. De toda forma, Tite pôde fazer observações que serão importantes para formar o grupo que disputará no meio do ano a Copa América. Tite convocará os 23 jogadores que defenderão o Brasil na Copa América no dia 17 de maio. Os jogadores se apresentam no dia 20 para um período de treinos, inicialmente na Granja Comary, em Teresópolis. A Seleção estreia na competição no dia 14 de junho, às 21h30, contra a Bolívia, no Morumbi.O jogo Com uma defesa totalmente diferente da que enfrentou o Panamá no sábado, e Allan no lugar de Arthur no meio-campo, a Seleção tomou a iniciativa do jogo nos primeiros minutos, posicionando-se de maneira mais agressiva, o que obrigou os tchecos a marcar bem atrás em seu campo de defesa. O time pelo menos entrou em campo mais disposto do que havia ocorrido na cidade do Porto, quando houve momentos de irritante apatia. Quando o adversário tinha a bola, a Seleção procurava fazer marcação alta, para reduzir o espaço e impedir a construção de jogadas. Mas, quando a situação se invertia, os tchecos também dificultavam a saída de bola brasileira. O jogo, com isso, se desenvolvia entre as intermediárias e os goleiros Alisson e Pavlenka praticamente não trabalhavam. Assim, a primeira vez que ocorreu uma jogada na área foi aos 18 minutos, quando Alex Sandro cruzou da esquerda e Allan tentou concluir, mas, desequilibrado, pegou torto na bola, que saiu sem direção. Mas a primeira oportunidade real de gol foi da República Tcheca, aos 21 minutos. Numa cobrança de falta que ele mesmo sofreu, Schick obrigou Alisson a fazer excelente defesa, espalmando a bola depois que a barreira abriu no chute rasteiro. Nesse momento do jogo, a República Tcheca já era melhor e tentava colocar uma pressão. O meio-campo do Brasil não funcionava. Lucas Paquetá estava sumido, Coutinho, que começou fazendo boas jogadas pelo lado esquerdo, também, e Allan não dava fluência ao jogo. Ainda assim, a Seleção teve uma chance em cobrança de falta sofrida por Paquetá. Casemiro cobrou e Pavlenka rebateu. Mas os europeus dominavam a partida, com um futebol agressivo e também se aproveitando dos erros do Brasil. A Seleção não conseguia organizar uma jogada e invariavelmente perdia a bola para a forte marcação tcheca. A consequência foi o gol tcheco aos 36 minutos, erro na saída de bola brasileira. Masopust lançou, a bola desviou em Allan, passou entre as pernas de Marquinhos e sobrou para Pavelka, livre na entrada da área, bater forte no canto direito de Alisson. Tite ainda inverteu o posicionamento de Richarlison com o de Coutinho, adiantou um pouco mais Paquetá, mas não deu resultado. O domínio, até o final da etapa, foi do adversário. O Brasil voltou com Everton no lugar de Lucas Paquetá e o atacante do Grêmio de cara fez uma jogada individual, partindo para cima dos zagueiros, tentando drible, algo que a Seleção não fizera no primeiro tempo. Mas o empate brasileiro só saiu graças a um erro duplo da defesa tcheca. Após uma bola lançada desde a defesa por Marquinhos, Sellassie se atrapalhou ao recuar para Sychy e Roberto Firmino se aproveitou para ganhar a bola do zagueiro e tocar na saída do goleiro, com apenas 3 minutos da etapa. O jogador do Liverpool fez seu nono gol com a camisa da Seleção. O gol animou o time de Tite e a República Tcheca passou a ter momentos de instabilidade até pelo fatos de três de seus jogadores se contundirem um atrás do outro. A Seleção cresceu um pouco e quase virou aos 15, quando, após uma roubada de bola, Firmino tocou para Coutinho bater da entrada da área, mas Pavlenka espalmou para escanteio. O Brasil passou a dominar a partida, e Tite aproveitou para fazer mais testes. Deixou o time bastante ofensivo com David Neres (entrou no lugar de Richarlison), Roberto Firmino, Gabriel Jesus (substituiu Coutinho) e Everton na frente.  A Seleção passou a jogar no campo de defesa dos tchecos e, aos 31 minutos, teve grande chance quando David Neres tabelou com Arthur, mas diante de Pavlenka, bateu em cima do goleiro. O time se movimentava bem e, com isso, envolvia o adversário. A virada ficou próxima e saiu aos 37 minutos. Danilo lançou David Neres pela meia esquerda, a defesa tcheca estava aberta e o ex-jogador do São Paulo tocou fácil para Gabriel Jesus, que entrava livre pelo outro lado, marcar.  Gabriel Jesus marcaria o terceiro aos 44 minutos, após um excelente jogada. Ele tocou para David Neres, que penetrou na área e tocou para Allan, que só rolou para Jesus, que penetrara por trás da zaga, tentar duas vezes e colocar a bola no fundo da rede. Com isso, a Seleção brasileira terminou dando uma boa impressão, com a torcida gritando "olé" e aplaudindo o time que, na soma das duas partidas amistosas, ficou devendo.