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Suspeita é de que ele tenha fraudado sua receita financeira
Publicado em 19 de novembro de 2018 às 09:33
- Atualizado há um ano
O presidente da montadora Nissan, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, foi preso nesta segunda-feira (19) no Japão. A suspeita é de que ele tenha fraudado informações sobre as suas receitas financeiras.
A montadora divulgou um comunicado no qual informa que Ghosn e o diretor Greg Keely estavam sendo investigados internamente. “A investigação mostrou que durante muitos anos Ghosn e Kelly reportaram valores de compensação nos relatórios da Bolsa de Valores de Tóquio menores que os reais”, disse a montadora, segundo o jornal The Japan Times.
O salário reportado por Ghosn no último ano caiu 33% em relação a 2016, segundo a publicação. Foram 730 milhões de ienes, contra 1,09 bilhão de ienes em 2016 e 1,07 bilhão de ienes em 2015.
A empresa informou ainda que o CEO, Hiroto Saikawa, vai propor ao conselho de administração a retirada imediata de Ghosn do cargo de diretor da empresa. "A Nissan lamenta profundamente por ter causado preocupação a nossos acionistas e stakeholders”, disse a montadora em nota reproduzida pelo The Japan Times.
Carreira Natural de Guajará-Mirim, Rondônia, Carlos Ghosn, de 64 anos, ocupava a direção-geral do Grupo Renault-Mitsubish.
Ghosn foi diretor da montadora em 1999, anos depois tornou-se presidente da Nissan. Ele foi incumbido de supervisionar a empresa. No ano passado, Ghosn se aposentou como presidente e CEO da Nissan. O grupo vendeu mais de 10,6 milhões de unidades no ano passado, superando a Toyota como o segundo maior vendedor de automóveis do mundo.
*Com informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão