Bruno Covas vai se licenciar da prefeitura de São Paulo para tratar câncer

Gestor paulistano tem câncer no sistema digestivo com metástase óssea

Publicado em 2 de maio de 2021 às 16:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/GOVSP

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), vai se licenciar do cargo para se dedicar ao tratamento de um câncer no sistema digestivo com metástase óssea. O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumirá a maior prefeitura do país. As informações foram divulgadas neste domingo (2) pelo jornal Folha de S.Paulo.

Covas, de 41 anos, deixou o hospital na semana passada, e está sendo medicado em casa. Sua condição é considerada delicada pelos médicos que o atendem. Ele tem recebido alimentação venosa. O gestor foi tratado com quimioterapia e imunoterapia, mas a doença avançou no começo deste ano.

Reeleito no segundo turno em novembro passado, o tucano vinha despachando do hospital e de casa, mas agora seu estado inspira mais cuidados.

Nunes, que era vereador, é ligado ao grupo do poderoso presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM). Entre tucanos, sua ascensão é vista com reservas, em especial da hipótese de o afastamento de Covas se estender.

No Palácio dos Bandeirantes, contudo, a avaliação do governo João Doria (PSDB), fiador de Nunes na chapa com Covas em nome de uma aliança maior para 2022, o vice tem recebido elogios por seu desempenho em reuniões e ações recentes na prefeitura.

Ainda segundo a Folha, boletim médico divulgado pela assessoria do prefeito na semana passada indica que o tratamento oncológico, com um novo protocolo de quimioterapia em conjunto com imunoterapia, continuaria a ser feito, com aplicações de 48 horas a cada duas semanas.

Mas as sessões quinzenais de tratamento a que o prefeito vai se submeter, que deveriam começar já neste fim de semana, foram adiadas. A equipe médica achou melhor esperar os resultados de novos exames e diz esperar retomá-las nesta semana.

Histórico O câncer do prefeito originou-se na cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado. Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas.

Entre outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram por completo.

Em fevereiro, um novo nódulo no fígado foi descoberto. Na ocasião, a equipe médica disse que o câncer no sistema digestivo que ele trata desde 2019 conseguiu "ganhar terreno", mas que ainda era menor do que o primeiro encontado há dois anos atrás.

No último dia 16, os médicos anunciaram que exames detectaram o surgimento de novos focos de câncer no fígado e ossos do prefeito. As informações são da Folha de S.Paulo.