Busto de Ruy Barbosa furtado de museu é recuperado em ferro-velho

Dono do local entrou em contato com a polícia após saber de furto

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 21:47

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Bruno Wendel/CORREIO

A Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), na Baixa do Fiscal, recuperou nesta quinta-feira (4) uma das 16 peças roubadas do Museu Casa de Ruy Barbosa. A ação criminosa aconteceu entre as noites de sexta-feira (28) e domingo (30), quando a porta principal do museu foi arrombada, mas só foi percebida na manhã de segunda (2), quando uma funcionária do Centro Universitário UniRuy | Wyden – instituição que gere o espaço – chegou para trabalhar e encontrou a porta da frente apenas encostada.  Busto de Ruy Barbosa recuperado (Foto: Divulgação) O busto de bronze do jurista baiano foi devolvido à Associação Bahiana de Imprensa (ABI), proprietária do museu, ainda na tarde de quinta. De acordo com a delegada Carla Ramos, a obra estava em um ferro-velho da capital baiana. O dono do estabelecimento entrou em contato com a polícia, depois de ver a notícia do roubo e a campanha da ABI para reaver os itens furtados.

“Olha o absurdo. Ele ia destruir a peça. Não fez isso porque viu a notícia nos meios de imprensa. Então, entrou em contato para devolver e informou de quem ele recebeu. Fatalmente, o atravessador conhece quem furtou. Estamos tomando as medidas necessárias para identificá-lo”, informou a delegada. Ainda segundo ela, a polícia agora trabalha para identificar os autores do roubo. “A partir dessa pista, a equipe que preside a investigação vai tentar achar essa pessoa, encontrar os outros materiais e conduzir o autor para a delegacia”, completou.

O equipamento cultural pertence à ABI e é gerido através de um convênio firmado desde 1998 com o Centro Universitário UniRuy | Wyden (antiga Faculdade Ruy Barbosa). “Estamos contentes pela recuperação do busto. Nossa intenção é reaver todas as peças. Pedimos a ajuda de todos na divulgação da campanha”, destacou o presidente da ABI, Antonio Walter Pinheiro. 

No imóvel não há um sistema de câmeras de segurança e os vigilantes contratados pela UniRuy para a guarda patrimonial não estavam no local na hora do ataque. O crime foi registrado pela Deltur (Delegacia de Proteção ao Turista) como “furto qualificado/arrombamento com subtração de bens”. Entre itens subtraídos da casa onde nasceu o jurista estão objetos pessoais e antiguidades, como bustos, medalhas, canetas, óculos, taça. O acervo do museu é composto por cerca de 300 peças e aproximadamente mil livros.