Caboclo chama trabalho da CBF na pandemia de 'maravilhoso'

Em novo vídeo vazado de reunião, presidente da entidade afirma que CBF e clubes "praticaram aquilo que o Governo deveria ter feito"

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  • Da Redação

Publicado em 24 de março de 2021 às 19:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O presidente da CBF, Rogério Caboclo, declarou que a entidade, as federações de futebol e os clubes praticaram "aquilo que o governo deveria ter feito" durante a pandemia da covid-19 no Brasil. A declaração foi durante a reunião por videoconferência com mandatários dos clubes das Séries A e B no dia 10 de março.

O vídeo das falas de Caboclo foi publicado pelo O Dia. Na terça-feira (23), o jornal divulgou um outro momento do encontro virtual, em que mostrava o presidente da CBF deixando clara a sua intenção em continuar as competições nacionais, mesmo em um período crítico da pandemia."A CBF, as Federações e os clubes fizeram um trabalho lindo, maravilhoso quando demonstraram todo trato, desde as camisas dos clubes até as ações sociais demonstradas, e fizeram de coração e agiram de forma muito plural. Com ação social, ação efetiva, como poucos ramos da sociedade o fez, desde governos municipais, estaduais e até federal. Fizemos funções sociais que ninguém fez. Não quero aqui crédito para ninguém. O fato é que praticamos aquilo que o governo deveria ter feito, os governos que talvez não tenham feito", disse o presidente da CBF."Objetivamente, a CBF, junto com as Federações e com os clubes, fizeram 90 mil testes e gastaram R$ 30 milhões. Em competições nacionais, não reduziram uma única partida, e eu ouvi isso dos maiores dirigentes do futebol no mundo. Ninguém fez isso. Como é que vocês fizeram? Com vontade, vigor, voluntariedade, unidade de clubes e de federações, porque estávamos unidos. Ninguém quis se gabar por isso, ninguém quis ganhar status por isso, nem do maior e nem do menor clube, ninguém quis se realizar a partir disso, nem a CBF", continuou Caboclo.

O presidente da entidade ainda garantiu que todos os clubes do Brasil são tratados iguais, desde o Flamengo, bicampeão brasileiro, ao Oeste, lanterna da última Série B e rebaixado para a terceira divisão do futebol nacional.

"Eu disse para o presidente da Fifa: 'O Flamengo tem uma camisa gigante, mas aqui ele é tratado quase igual ao clube que foi rebaixado, como o Oeste de Itápolis'. Não diferenciamos nenhum clube. Não existe o gigante, não existe o pequeno. Nós tratamos os clubes de forma equânime, cada um com o seu potencial econômico e financeiro, naturalmente cada qual vai ser mantido no seu patamar. Cada um vai ser resguardado da maneira que se manteve, se respeitou, se guarneceu. Ao Flamengo, a dignidade do futebol do Brasil. Ao Palmeiras, aos clubes brasileiros que foram além do país e que merecem o nosso respeito, mas todos merecem o mesmo respeito", declarou.

No fim do trecho da reunião, divulgado pelo jornal, Caboclo comentou sobre a coletividade dos clubes brasileiros. "Eu vou dizer aqui. Se não houver negociação coletiva, o Brasil perde. Afirmo. Perde o Nordeste, o Bahia, o Ceará, o Fortaleza, todos. Perdem os clubes do Rio, que nunca vão se equiparar, perde o Vasco, o Botafogo, o Fluminense. Eu elevo o Flamengo ao status que merece hoje. Os clubes de São Paulo, muito bem colegiados e estabelecidos, têm uma noção razoável, erigidos pelo presidente Reinaldo (Carneiro Bastos, mandatário da FPF), são cinco clubes que falam a mesma voz, uma única voz", comentou.Mais de 60 pessoas participaram da reunião. No vídeo divulgado hoje, é possível ver o nome de 10 pessoas na tela:Walter Dal Zotto - Juventude Robson Seerig - Federação Paranaense de Futebol J.B. Telles - federação/clube não identificado Evandro Carvalho - Federação Pernambucana de Futebol Mauricio Figueiredo - federação/clube não identificado Sergio Malucelli - Londrina Francisco Cezário de Oliveira - Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul Marcelo Penha - Fluminense Leomar Quintanilha - Federação Tocantinense de Futebol Rogério Caboclo - CBF