Cabula: moradores madrugam para garantir vaga em mutirão de oftalmologia

Novo atendimento será feito no Salvador Shopping em outubro

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  • Nilson Marinho

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 10:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Na manhã desta terça-feira (25), no estacionamento do supermercado G Barbosa, na Estrada das Barreiras, no Cabula, acontece desde as 7h, um mutirão de oftalmologia. Por lá, qualquer pessoa maior de 35 anos pode realizar seu exame oftalmológico gratuito. 

No total, foram oferecidas 360 fichas para a consulta com quatro profissionais responsáveis por realizarem nos pacientes exames de biomicroscopia e fundoscopia. As fichas acabaram nas primeiras horas da manhã, mas um novo mutirão será realizado no dia 23 de outubro no estacionamento do Salvador Shopping. 

De acordo com a coordenadora do projeto realizado pelo Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Saúde (INTS), Fabiane Leite, quem não pôde ser atendido desta vez, poderá, numa próxima oportunidade, realizar os procedimentos apresentando um documento de identificação, CPF, comprovante de residência e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Os interessados devem ter acima de 35 anos. 

Ao apresentar a documentação, o paciente passa por uma triagem onde são realizados exames para saber a medida do grau aproximado do paciente e a pressão ocular. Depois disso, ele segue para a consulta de biomicroscopia e fundoscopia.

"Caso necessário, identificado um diagnóstico de catarata, por exemplo, o paciente já sai com sua consulta agendada", afirma a coordenadora. 

A dona de casa Dilza Costa, 60 anos, temia não conseguir uma ficha no mutirão. Por isso, ela levantou da cama às 3h e foi até o estacionamento do supermercado que, àquele horário, permanecia fechado. 

"Tive medo de não conseguir porque é muito complicado encontrar no posto de saúde do bairro. Já faz mais de um ano que tento uma consulta gratuita e não consigo", conta. 

A dona de casa pegou a ficha de número 112 e, às  10h, voltava para casa com uma receita médica que a orientava a utilizar óculos. 

A baiana de acarajé, Valternice Mendes, 48, chegou às 5h, e já sabendo da grande procura trouxe consigo um banco para aguardar o atendimento. "Minha visão estava 'encurtando', precisava muito de um exame. Uma consulta chega a custar R$ 100 e em um posto é impossível conseguir", disse a paciente, que pegou a ficha 301.

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier