Camisa 10, Zé Rafael assume fase artilheira e protagonismo

Autor de dois gols contra o Blooming, Zé igualou Edigar e Vinícius na artilharia do Bahia

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 24 de maio de 2018 às 17:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Historicamente, no futebol, o camisa 10 é o craque do time. Na Seleção Brasileira, Neymar carrega o número que um dia foi de Pelé, Rivelino, Zico e muitos outros atletas que marcaram época. No Bahia, Zé Rafael tem feito valer o número que lhe foi dado no início da temporada, e com a camisa 10, se tornou um dos pilares do tricolor. 

Se antes ele era conhecido por chegar bem ao ataque e ajudar na recomposição, este ano Zé tem colocado em prática a sua fase artilheira. Diante do Blooming, pela Copa Sul-Americana, marcou duas vezes e chegou a oito gols na temporada, marca superior aos cinco tentos anotados em 2017. Apesar do rendimento, ele é modesto ao falar do próprio momento.

“Eu acho que não sou referência assim. Lógico que tento dar o meu melhor sempre, ser o jogador mais regular possível, ajudar a equipe da melhor maneira que eu posso, e graças a Deus venho melhorando muito as minhas marcas pessoais, isso é importante para o crescimento do atleta”, afirma Zé. 

Segundo o  treinador Guto Ferreira, a evolução do meia-atacante em 2018 tem uma explicação: a busca pelo protagonismo. “O Zé, nas divisões de base, sempre foi protagonista. No surgimento dele como profissional, até na chegada ao Bahia, realmente teve um comportamento mais de coadjuvante. Nesse ano, em cima do desempenho como coadjuvante, ele buscou essa característica de ter o protagonismo, de ser um dos jogadores a puxar a equipe. Ele colocou metas na cabeça e está buscando. Isso tem ajudado nos projetos do Bahia”, explica Guto.

Foco no Brasileiro Depois de garantir classificação na segunda fase da Copa Sul-Americana, o Bahia volta o foco para o Campeonato Brasileiro. Domingo, às 16h, o tricolor recebe o Vasco, na Fonte Nova.

Nesta quinta-feira (24), o elenco voltou aos treinos de olho no duelo e para Zé Rafael, o apoio da torcida será fundamental para o time conseguir mais um resultado positivo e sair da zona de rebaixamento.

“A torcida do Bahia é o nosso 12º jogador e no Campeonato Brasileiro a gente sabe que nos jogos dentro da Fonte Nova temos que matar e fazer o nosso dever de casa. Com o apoio da torcida, fica mais fácil e eu espero que ela compre a nossa ideia e a gente possa sair dessa situação desconfortável o quanto antes”.

Para o duelo diante do time carioca, Guto Ferreira não deve contar com Edigar Junio, que se recupera de uma lesão na coxa. Já o goleiro Douglas, que ficou no banco diante do Blooming, tem boa chance de voltar ao time. 

“Teremos um jogo difícil, não é aquele Vasco que jogou aqui (3x0 para o Bahia, na Copa do Brasil), apesar do Bahia ter feito uma partida espetacular. Temos que repetir uma partida tão boa ou melhor. É outro tipo de campeonato. Temos que ser felizes novamente”, avisa Guto.