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Campeões de 1988 visitam a Rede Bahia e prestam homenagem


 

Ex-jogadores entregaram réplica da taça ao presidente da empresa, Antonio Carlos Júnior

  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 26/04/2018 às 19:57:21
Atualizado em 18/04/2023 às 08:27:08
. Crédito: Márcio Costa e Silva/CORREIO

Acostumada a transmitir emoções, a Rede Bahia recebeu nesta quinta-feira (26) o reconhecimento dos jogadores campeões brasileiros de 1988 pelo Bahia. Ronaldo, João Marcelo, Zé Carlos, Dico Maradona, Osmar e o ex-presidente Paulo Maracajá entregaram ao presidente da empresa, Antonio Carlos Júnior, uma réplica da taça conquistada sobre o Internacional. 

De acordo com o ex-zagueiro João Marcelo, a iniciativa partiu da Associação dos Campeões Brasileiros de 1988 (Ascambra88). “Estamos  perto de completar 30 anos desse título de 1988, casando com os 33 anos da TV Bahia, resolvemos homenagear a TV Bahia por estar sempre junto com a gente naquela trajetória maravilhosa”, explicou.

Antonio Carlos Júnior agradeceu a honraria. “É uma homenagem importantíssima que os jogadores campeões de 1988 fazem à Rede Bahia, pelo trabalho que a Rede Bahia fez na época e pela identidade que a Rede Bahia tem com o público baiano. É uma homenagem que sensibiliza muito, ter o reconhecimento desses ídolos que deram ao futebol baiano um título inédito. Somos gratos pela lembrança e é um reconhecimento pelo que a Rede Bahia fez e vem fazendo”, afirmou.

Memórias Além da homenagem, o encontro rendeu boas resenhas. Torcedor declarado do Bahia, Antonio Carlos Júnior relembrou com os atletas histórias do passado e bastidores da campanha que deu ao tricolor a sua segunda estrela. 

“Um dia antes da final, na hora de viajar, Maracajá sentou do meu lado e falou assim: ‘se você não tomar gol, a gente é campeão’. Eu disse a ele que poderia preparar a faixa, mas que a minha mulher tinha que assistir ao jogo. Maracajá mandou emitir a passagem e ela foi para Porto Alegre. Mas na verdade era exatamente o contrário. Minha mulher só tinha assistido um jogo e o Bahia ainda tinha perdido. Quando ela chegou em Porto Alegre, comprei uma passagem e mandei ela ir passear em Gramado”, lembrou o ex-goleiro Ronaldo, aos risos.  

“Na final em Porto Alegre, faltavam apenas cinco minutos para terminar o jogo e eu comecei a fazer cera. A torcida do Inter começou a vaiar, aí o árbitro correu na minha direção com a mão no cartão. Quando chegou perto, ele começou a me xingar: ‘seu demente, chute a bola que eu vou acabar o jogo, não coloque a torcida contra mim’. Quando chutei a bola, ela foi parar em Osmar e o juiz apitou. Todo mundo achava que ele estava reclamando comigo, mas na verdade não era”, completou o goleiro. O Bahia empatou em 0x0 no estádio Beira-Rio. Na Fonte Nova, havia vencido o colorado por 2x1, com dois gols de Bobô. 

Antonio Carlos Júnior ainda lembrou que o troféu de campeão da Taça Brasil, em 1959, foi dado ao Bahia pelo então presidente Juscelino Kubitschek. A taça foi entregue ao pai dele, Antonio Carlos Magalhães, que trouxe o artefato para a Bahia, e passada a Osório Villas-Boas, presidente  tricolor na época. 

“São lembranças, detalhes importantes do campeonato. Foi uma tarde muito agradável lembrando dessas conquistas e detalhes que muitas vezes passam despercebidos pelas pessoas”, completou Antonio Carlos Júnior.