Cantor cearense Alcymar Monteiro encarta álbum dedicado ao forró no CORREIO

Essa é a terceira vez que o forrozeiro faz uma parceria com o jornal

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  • Osmar Marrom Martins

Publicado em 17 de março de 2020 às 11:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Assim que acaba o Carnaval, o cantor e forrozeiro cearense Alcymar Monteiro não perde tempo. Ele entra em estúdio e prepara o seu tradicional disco para o São João - nos últimos anos encartado no CORREIO. Este ano não será diferente. Na edição de hoje, o jornal circula com 22 mil cópias do CD Fogueiras e Paixões. No último sábado, foram distribuidos 13 mil copos com a marca do artista que não abre mão em participar dos festejos juninos no Nordeste. 

Em conversa com a reportagem, Alcymar fez questão de enaltecer a parceria, que se repete a três anos: “O que é bom a gente pede bis. O CORREIO tem sido nosso parceiro pra chegar até as pessoas, levando o verdadeiro forró”, afirma Alcymar. 

Com 14 faixas, Fogueiras & Paixões marca os 35 anos de carreira do artista. Entre elas estão Voltar pra Bahia, Xaxadinho das Alagoas e Meu Primeiro Amor, além de um pout-pouri. Foi um trabalho feito com muito carinho, como Alcymar fez questão de ressaltar: “É um disco romântico, voltado para o amor, para o carinho, pra união das pessoas”, afirma o forrozeiro. 

Sobre a parceria com o jornal, ele diz que considera da maior importância, porque é uma maneira de chegar com mais rapidez às pessoas que gostam da verdadeira música popular do nordeste. “O forró é uma música atemporal. Eu não sei por que muita gente ainda comete o erro de dizer que forró é só no período junino. Forró é música popular brasileira, ela tem que está onde o povo está, ela tem que tocar onde o povo quer ouvir”, pontua. 

Festejos juninos  Alcymar diz que já está pensando no novo show, com o qual pretende percorrer o Brasil no período junino, no qual a Bahia tem importância fundamental. Metade das apresentações do artista no período é no nosso estado.

“No momento estamos formatando nossa agenda, porque nosso trabalho depende de distância, de lugar, de tempo. Você não pode chegar num show de 5h da manhã, isso eu não faço, é uma coisa que eu zelo muito, como a Bahia é o maior São João  do mundo numérica e artisticamente falando, nós temos metade da nossa agenda no território baiano”, pontua. 

Para fugir ao lugar comum, Alcymar revela que procura fazer sempre uma coisa diferente neste período. “O nosso show tem um balé que dança: caboclinho, reisado, bumba meu boi, xaxado, côco de roda do Recôncavo e as quadrilhas juninas, que são a verdadeira ópera popular da nossa etnia cultural”, enumera.

Alcymar conta que a baianidade do São João está presente em sua agenda  há 20 anos. Nesse período, diz, sempre procurou  gravar canções  alusivas aos festejos por aqui. “A Bahia sempre nos abraçou, sempre nos amou,  e é nosso dever amá-los, respeitá-los porque eles fazem parte da nossa vida. O povo baiano pra mim é o povo mais alegre, mais festivo do Brasil e sabe fazer festa como ninguém”.