Carcereiros - O Filme aposta em mais ação para conquistar público das telonas

Inspirado em série, longa retrata um dia na prisão após chegada de terrorista internacional

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  • Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 06:20

- Atualizado há um ano

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Quem está acostumado a acompanhar os dramas do agente penitenciário Adriano (Rodrigo Lombardi) na série Carcereiros, da Globo, vai poder vivenciar mais um capítulo dessa história eletrizante nas telonas a partir de hoje, quando Carcereiros - O Filme entra em cartaz nos cinemas de todo país. “O filme relata uma noite nesse presídio. É um filme de ação, um gênero que o Brasil gosta muito”, conta Rodrigo Lombardi.  O elenco ainda tem os atores Jackson Antunes, Dan Stulbach, Tony Tornado, Milton Gonçalves, Rafael Portugal, Rainer Cadete e Ivan de Almeida. A direção é de José Eduardo Belmonte, que também esteve à frente do filme Alemão (2014) que conta a história de cinco policiais que se infiltram na favela do Complexo do Alemão, mas são descobertos por traficantes.  (Foto: Divulgação/ Ramón Vasconcellos) Já Carceireiros - O Filme, mostra a realidade dos homens que mesmo sem estarem presos, passam seus dias atrás das grades. O mote é o mesmo da série, que já tem duas temporadas e é inspirada no livro homônimo de Drauzio Varella. “As pessoas que assistiram à série já entendem aquele universo e quem não viu a série pode ver o filme sem problema nenhum, porque o carcereiro Adriano é um resumo de todos os carcereiros”, complementa Lombardi, que nessa nova produção continua a lidar com a tensão do presídio e os dilemas familiares.Fama de mau Toda história do filme se passa em apenas uma noite, quando Abdel Mussa, um perigoso terrorista internacional, chega ao presídio acirrando os ânimos dos detentos e dos carcereiros.  Vivido por Kaysar Dadour, o personagem marca a estreia do EX-BBB como ator. Afinal, antes mesmo de ser escalado para a novela Órfãos da Terra, onde interpretou o vilão mau caráter Fauze, ele já havia gravado as cenas do filme.  Apesar de estar estampado ao lado do personagem de Rodrigo Lombardi no cartaz do filme, Kaysar não considera o seu personagem um protagonista. “As pessoas estão achando uma coisa, mas no meio do filme acontece outra, então só assistindo para saber. O do Rodrigo sim, o personagem dele é muito forte”, explica, sem dar spoilers. (Foto: Divulgação/ Ramón Vasconcellos) Kaysar, no entanto, adianta que o clima na prisão será de tensão após sua chegada, sobretudo por conta dos outros presos, que não lidarão bem com sua presença. “O presídio é um um mundo esquecido, é outra realidade, os presos têm outros hábitos, outros códigos. Tem facções brigando entre si, e ninguém perdoa ninguém”, comenta, ao lembrar de um dos diálogos que tem com um detento. “Você mata pessoas e apenas eu sou terrorista?”, questiona. Para ele, o papel não reforça estereótipos sobre quem vem do Oriente Médio, e faz o público refletir sobre a violência presente, em menor ou maior grau, em todos os países. “Estamos em guerra na Síria desde 2011. Quando se tem um atentado terrorista, muitas vezes esses assassinos não são de lá. A gente nem mesmo entende o idioma que eles falam. O que eu penso é que se uma pessoa alimenta pensamentos radicais, ela é terrorista, só por isso, só por propagar preconceitos. Isso independe de origem, e independe do fato de ela matar ou não”, acredita.

O ator, no entanto, rebate quem acredita que o Brasil vive em uma guerra por conta das altas taxas de homicídios. “Não cara, vocês não sabem o que significa guerra! Aqui estamos na piscina, tomando água de coco, chimarrão, cerveja. Lá não existe isso, lá cai bomba, explodindo dois, três, prédios. Ser humano virou barata”, avalia.