Carlos Vereza elogia Temer e diz que Marielle é 'cadáver fabricado'

Em entrevista a jornal cearense, ator criticou a "ideologia radical sectária de esquerda"

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  • Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2018 às 17:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O ator Carlos Vereza está dando o que falar na web. É que ele deu uma entrevista ao jornal O Povo em que elogia o presidente Michel Temer, critica o Movimento Sem Terra (MST), e fala sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco, o Partido dos Trabalhadores (PT) e a TV Globo. 

A conversa aconteceu no Cineteatro São Luiz, onde o artista carioca apresenta o espetáculo Iscariotes: A Outra Face neste domingo, às 18 horas. No monólogo, o ator conta outra versão sobre o apóstolo Judas, associado historicamente à traição. Ex-membro do Partido Comunista, Vereza se posiciona à direita e é ferrenho apoiador do presidente Michel Temer (PMDB).

Na entrevista, Vereza criticou o discurso "Fora, Temer", proferido por manifestantes contrários ao presidente Michel Temer."Fora, Temer é de uma pobreza ideológica [...] é ausência de um discurso que seja uma alternativa. [...]  É criança zangada que tiraram a chupeta. Qualquer coisa é Fora, Temer", declarou o ator, que elogiou o governo, afirmando que o presidente "tirou o Brasil do abismo":"Ele está recuperando a economia do país, a inflação está lá embaixo, batendo recordes históricos. Isso é o cara que fez, não é o Vereza que está dizendo, são organismos nacionais e internacionais que comprovam isso".MST e Marielle Franco Em meio a ataques ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que, segundo Vereza, trata-se de "um grupo terrorista" e uma "organização paramilitar", ele disse também que a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, é "um cadáver fabricado por eles", mencionando a "ideologia radical sectária de esquerda"."Essa menina ou foi assassinada pela milícia ou foi assassinada por pessoas que aparentemente compactuam com a ideologia dela. Eles não acreditam em Deus, eles acham que as pessoas todas não passam de massas de manobras adaptáveis ou não aos seus objetivos", declarou. (Foto: Reprodução) Bolsonaro Sobre o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), Vereza considera-o como uma consequência da "radicalização da esquerda". Entretanto, o ator considera Bolsonaro como um político de direita. Questionado sobre as declarações do pré-candidato a favor da pena de morte e de discursos de ódio, Vereza declarou:"Essa ideologia é dele, é a plataforma dele, eu não sou a favor, agora ao mesmo tempo a esquerda também prega matar as pessoas, a esquerda está lá. No primeiro dia que o Lula foi preso, eles quebraram os portões da Polícia Federal. A Polícia Federal teve que reagir com bala de borracha e gás, eles inventaram que foram agredidos primeiro".Gênero Em uma polêmica recente, Vereza criticou, em seu Facebook, a suposta obrigação de que alunos homens teriam de usar batom no Colégio Pinheiro Guimarães, no Rio de Janeiro (RJ). Na entrevista, o ator disse que é um "absurdo você dizer que sexo é uma construção social" e que isso seria um "plano" para traumatizar crianças.

"Então você começa a atacar biologia, começa a atacar os códigos genéticos, que é XX e XY, agora estão inventando T, W,Z, A, E, I, O, U. Ou você é homem é ou é mulher. As pessoas têm suas opções sexuais respeitáveis, daí a você dizer que nasceu homem porque isso é uma construção cultural, isso é de um ridículo. Isso é um plano, cara, um plano sofisticadíssimo, porque quando você traumatiza uma criança, você vai ter lá frente um adulto manipulado politicamente".

PT e Globo Em determinado momento da entrevista, o ator teria sido agressivo com o repórter do jornal O Povo. Além disso, teria o chamado de petista. "Eu sei que eu não estou te agradando, você é petista, porque eu sou médium e eu estou vendo no teu perispírito que você é petista". O repórter nega que seja petista e Vereza responde: "Você é de esquerda, eu estou vendo na sua aura. Cada coisa que eu falo, sua aura fica assim piscando".

Ao falar sobre a TV Globo, Vereza disse que "90% dos atores e diretos da TV Globo são petistas".  O ator disse que ainda não o demitiram porque "deve ter algum tipo de respeito". Ao encerrar a entrevista, diz o jornal, o ator pediu desculpas ao repórter por não tê-lo agradado com suas respostas. Ao retirar-se, Vereza ataca-o:  “Vá se fuder, porra”.