Casal suspeito de matar grávida para roubar bebê é preso no Rio

Bebê foi resgatado em favela; grávida foi assassinada e teve corpo queimado

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  • Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2018 às 15:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um casal suspeito de matar uma grávida para roubar o bebê que ela esperava foi preso na madrugada do sábado (14) em uma favela de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Leilah dos Santos, 39 anos, foi achada morta em Paraibuna (SP), às margens de uma represa, no dia 4. Ela tinha um corte no abdômen e o bebê estava desaparecido. As informações são do G1. 

Imagens de um cartório de Paraibuna mostraram uma mulher suspeita chegando com um bebê para tentar fazer o registro dele - no mesmo dia em que o corpo foi achado. Ela estava acompanhada de um casal de amigos. Sem os documentos, os funcionários se recuseram a fazer a certidão do bebê. Quando eles souberam que o cadáver com sinais de parto forçado tinha sido localizado na cidade, avisaram à polícia sobre a visita da suspeita.

A mulher contou no cartório que era moradora da zona rural e que teria tido o bebê na roça, sem atendimento médico, e por isso não tinha documentação da maternidade. Os funcionários orientaram que ela procurasse um posto médico para conseguir uma certidão de nascido vivo. Ela chegou a ir ao local, mas se recusou a passar por exames ginecológicos que poderiam comprovar que tinha passado recentemente por um parto.

Com o vídeo do cartório, a polícia identificou a suspeita e o casal de amigos, que foram ouvidos na terça (10). Eles contaram que a amiga disse a eles que o bebê era adotado - ela teria feito um acordo com a mãe para criar o menino. A suspeita tem histórico de tentativas fracassadas de engravidar. No ano passado, chegou a ter uma gravidez psicológica. Outras testemunhas relataram que a vítima recebia ajuda financeira da suspeita e que teria feito um acordo para entregar o bebê por R$ 500. 

A polícia começou a buscar pela suspeita e recebeu uma denúncia de que ela e o namorado, suspeito de ser seu comparsa no crime, estavam no Rio de Janeiro. Eles são de São José dos Campos, em São Paulo, mas estavam escondidos em uma favela de Duque de Caxias para fugir. A investigação aponta que ele fez o parto de Leilah. Depois, ainda de acordo com a polícia, os dois mataram a mulher e tentaram ocultar o cadáver, que foi queimado e abandonado.

Os dois, que não foram identificados, foram levados para a delegacia. Ainda não se sabe qual será o destino da criança.