Caso de passaportes roubados é investigado em meio a mistério sobre avião malaio

Dois passageiros em questão viajavam com passaportes roubados na Tailândia

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 16:20

- Atualizado há um ano

Autoridades tailandesas tentam descobrir nesta segunda-feira (10) como dois homens conseguiram embarcar com passaportes falsos no avião da Malaysia Airlines que desapareceu nos primeiros minutos do último sábado. As autoridades investigam o que eles faziam no voo de Kuala Lumpur para Pequim. Os dois passageiros em questão viajavam com passaportes roubados na Tailândia e tinham passagens reservadas para destinos na Europa, mas ainda não se sabe se os dois homens têm alguma relação com o desaparecimento do avião. Criminosos e imigrantes ilegais muitas vezes viajam portando documentos falsos ou roubados. Mulher chora ao receber notícia do desaparecimento do avião Os passaportes roubados pertenciam originalmente ao austríaco Christian Kozel e ao italiano Luigi Maraldi. O roubo desses documentos foi registrado na base de dados da Interpol em 2012 e 2013 depois dos dois terem sido roubados na Tailândia. Os donos dos passaportes roubados foram questionados, mas não há detalhes disponíveis sobre as conversas. Passados três dias depois de o Boeing 777 ter desaparecido do alcance dos radares com 239 pessoas a bordo quando sobrevoava uma faixa de mar do sudeste da Ásia, nenhum sinal de destroços do avião foi encontrado até agora. Na Malásia, autoridades locais investigam cinco pessoas que fizeram check-in no voo que desapareceu no sábado, mas que depois não embarcaram no avião, informou nesta segunda-feira um funcionário do governo que não quis se identificar. O funcionário não revelou detalhes sobre quem seriam essas cinco pessoas e quais os motivos que as fizeram desistir do voo MH370, que partiu de Kuala Lumpur às 00h41 locais de sábado (13h41 de sexta-feira no Brasil) e deveria ter aterrissado em Pequim seis horas mais tarde. Segundo a fonte, nenhuma dessas pessoas está sob custódia e a investigação faz parte de um exercício de rotina para verificar todos os passageiros que estavam no voo ou que deveriam estar no avião. O diretor-geral do Departamento de Aviação Civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, informou que as malas desses passageiros que não embarcaram foram retiradas do avião antes da decolagem. Segundo a autoridade, as bagagens foram previamente digitalizadas pela polícia do aeroporto, que não encontraram nada de anormal. [[saiba_mais]]Enquanto o mistério não é solucionado, 34 aviões e 40 navios de diversas nacionalidades vasculham uma área com raio de 100 milhas náuticas (185 quilômetros) entre a Malásia e o Vietnã na tentativa de localizar o avião. A aeronave sumiu das telas dos radares sem que o piloto tenha emitido nenhum sinal de problemas a bordo.