Casos de dengue, zika e chikungunya diminuem em até 10 vezes na Bahia

Somente a dengue teve uma redução de 90,2% no número de casos em 2017

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  • Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2017 às 20:22

- Atualizado há um ano

Assim como no resto do Brasil, as três arboviroses dengue, zika e chikungunya tiveram uma redução na Bahia, nos primeiros meses de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). A redução é de quase 10 vezes no número de casos. Os dados são dos boletins epidemiológicos de maio de 2017 e 2016.

Somente a dengue teve uma redução de 90,2% no número de casos, saindo de 54.776 em 2016 para 5.379 este ano. A zika também caiu de 36.725 para 1.187 e a chikugunya saiu de 25.065 para 4.982. Todas as doenças são transmitidas pelo Aedes aegypti, que também transmite a febre amarela, doença que começou a ser detectada na Bahia este ano.

Para a diretoria de vigilância epidemiológica da Sesab, um dos motivos da queda nas notificações é que grande parte da população já foi contaminada com um dos vetores nos anos anteriores, e agora está menos suscetível a contraí-las novamente.

De acordo com boletim da Sesab, em nenhum município, o coeficiente de incidência no ano de 2017 foi maior ou igual a 100 casos /100 mil habitantes, simultaneamente para dengue, chikungunya e zika. Dessa forma, não há município em tríplice epidemia na Bahia nos primeiros meses desse ano, considerando o parâmetro do Ministério da Saúde.

Ainda segundo a secretaria, 164 (39,3%) municípios não notificaram casos das três arboviroses simultaneamente nesse período.

Em Salvador, entre janeiro e abril deste ano, 116 casos de dengue foram confirmados. O número é cinco vezes menor que o do primeiro quadrimestre de 2016, quando 626 pessoas tiveram diagnóstico positivo. Em relação à chikungunya, o registro foi sete vezes menor, com 11 infectados até abril contra 79 no ano anterior. Já o número de pacientes com zika vírus chegou a 15 – menos da metade do que foi computado em 2016, quando 32 pessoas apresentaram sintomas da doença nos meses de janeiro a abril.