Cerca de 78% dos candidatos a deputado federal na Bahia concorrem em coligações

por Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Cerca de 78% dos candidatos a deputado federal na Bahia concorrem em coligações, ou seja, em alianças de dois ou mais partidos. Dos 490 postulantes às 39 vagas na Câmara, 384 estão coligados e 106 – em torno de 21% do total – disputam a corrida eleitoral sem alianças. O percentual reduziu em relação a 2014, quando 87% dos 388 candidatos integravam coligações. Em 2014, só PSOL e PHS disputaram as cadeiras no Congresso sozinhos. Este ano, o número saltou para cinco legendas: PSDB, PDT, Novo, PCO e, novamente, PSOL. Estas agremiações já ensaiam o que vem na próxima eleição, em 2022, quando as coligações serão proibidas nas eleições para deputado. A regra já começa a valer também nas eleições de 2020 para vereadores. O percentual de candidatos coligados na Bahia é maior em relação ao total registrado no Brasil, cuja taxa de postulantes em alianças é de 65%. 

Dentre as cinco legendas que, na Bahia, concorrem sem coligações, o PSOL tem o maior número de candidatos, com 51. Depois estão PDT (34), PSDB (11), Novo (8) e PCO (2).

Revolta dos novatos A distribuição do tempo de TV e do fundo partidário entre candidatos a deputado estadual e federal tem provocado críticas de novos postulantes nas eleições deste ano. Com o início da campanha, as legendas iniciaram a distribuição dos recursos partidários e o planejamento do horário eleitoral, que começa amanhã. A queixa dos novatos na corrida eleitoral é que as siglas estão priorizando os deputados que já estão nos mandatos, que já contam com a vantagem de serem conhecidos e têm uma estrutura de gabinete já montada. “Convenhamos que não é uma disputa muito justa”, reclama um deles, em contato com a Satélite. 

Legalização dos jogos Em meio ao impasse em torno do projeto que legaliza os jogos de azar na Câmara dos Deputados, representantes de cassinos, bingos e sites de apostas se reuniram  no Rio de Janeiro nesta semana e avançaram no debate. Pelo acordo, o jogo do  bicho também entraria na proposta. A expectativa é que, agora, eles reiniciem as conversas com os deputados federais que lideram o debate na Câmara para que o projeto seja votado no início do próximo ano, já na nova legislatura do Congresso.

Emperrou O estudo da Firjan, que apontou que um terço dos municípios do país não gera  receita nem para pagar salário do prefeito, caiu como um balde de água fria para os distritos que querem virar cidades. A maioria desses municípios tem menos de 50 mil habitantes. Representantes do movimento na Bahia já admitem que a aprovação do projeto, que facilita a emancipação das localidades, ficou complicada. 

Deferidos Após ter mais de dez candidatos indeferidos, o PSOL conseguiu regularizar a situação dos postulantes barrados pela Justiça Eleitoral. Entre eles estavam Fabio Nogueira e Hamilton Assis, que concorrem ao Senado e Câmara, respectivamente, e o vereador Hilton Coelho, que disputa a Assembleia. A candidatura deles já aparece como aprovada no TSE. "O crescimento dos homicídios, das mortes por intervenção policial, do número de desaparecidos e da superlotação e ilegalidades no sistema prisional baiano, nos últimos anos, expressa a face mais visível do fracasso da política de segurança na Bahia", Daniel Cerqueira, coordenador do Atlas da Violência, ao afirmar que a política de segurança no estado optou por colocar ênfase no policiamento reativo, sem que fosse efetivada uma política precedida por planejamento, por prevenção social e pelo investimento em investigação e inteligência, que são a base da polícia modernaPílula Foco nas prisões - Os ministérios públicos Estadual (MP) e do Trabalho (MPT) vão realizar inspeções conjuntas das condições do trabalho de reclusos do sistema prisional do estado. O termo de cooperação foi assinado ontem.