Chamusca confirma permanência no cargo após nova derrota do Leão

Treinador agora mira o clássico contra o Bahia, domingo (10), na Fonte Nova

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 8 de março de 2019 às 01:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

O clima no Barradão na noite desta quinta-feira (7) era de apreensão após a derrota para o Botafogo-PB, por 3x1, pela Copa do Nordeste. Existia o suspense sobre a continuidade de Macelo Chamusca no comando do Leão. O treinador se reuniu com o diretor de futebol, Alarcon Pacheco, e com o vice-presidente, Chico Salles. Logo depois foi para a sala de imprensa e garantiu que segue no rubro-negro. 

"Se tivesse acontecido alguma conversa (sobre demissão), eu não estaria conversando aqui sobre o jogo. A gente conversou sobre a situação. Em relação ao Chico (Salles, vice-presidente), à diretoria, não foi conversado nada. Está todo mundo desequilibrado emocionalmente. É muito triste jogar, e nós jogamos, não nos omitimos, e ter um resultado desse. Na parte tática, a equipe apresentou uma melhor posição que o adversário. Conseguimos encurralar, mas faltou acabamento para sair na frente para mudar o contexto emocional. Agora, nesse momento, a gente continua o trabalho com a mesma firmeza e pensamento. A gente vai recuperar emocionalmente para amanhã recomeçar. É o que temos para falar nesse momento", explicou Chamusca.

Sobre a derrota em casa, a segunda seguida, Chamusca lamentou, mas fez questão de ressaltar que a equipe foi superior ao adversário em alguns aspectos. 

"O jogo, diferente da semana passada, tivemos performance. O jogo de hoje, após analisar os números, o resultado foi o pior possível, até por jogar dentro de casa. Sentimento igual ao nosso torcedor, que tem razão de reclamar. Temos que colocar que fomos superiores ao nosso adversário em relação aos números. Finalizamos 17 vezes, 65% de posse de bola contra 35%. Principalmente no segundo tempo, eles aproveitaram dois erros de saídas, acho que até o momento do gol a gente tinha criado mais, o domínio era nosso. A partir do gol, a equipe passa por um momento complicado, acabou se desestabilizando. Voltamos, mas não foi bem. Na semana passada, fizemos um jogo sofrível, mas hoje não fizemos o jogo sofrível. Se tivesse justiça no futebol, não sairíamos com o resultado de 3 a 1. Jogamos mais, tivemos mais a bola. O adversário foi eficiente, soube jogar no nosso erro", afirmou Chamusca. 

Sem vencer desde o dia seis de fevereiro e vivendo uma crise política, o Leão vai ter um desafio importante no final de semana, quando encara o rival Bahia, no domingo (10), às 16h, na Fonte Nova, pelo Campeonato Baiano. Sobre o clássico, o treinador afirma que o trabalho maior vai ser para reverter a situação emocional do elenco. 

"O maior trabalho que nós temos é essa reversão do estado emocional dos jogadores. Amanhã já é sexta, o jogo é domingo, não temos tempo. É tentar reverter esse quadro, que não é fácil. Não depende só de nós. O entorno acaba interferindo nesse resgaste, nessa reversão. Seria interessante que a gente tivesse o controle da porta para fora, mas isso não existe. O trabalho maior é da comissão técnica para reverter o emocional, recuperar os jogadores em todos os aspectos, principalmente o físico. Não tem tempo para treinar, e só no sábado é quando estarão na melhor condição. É analisar com calma, recuperar e preparar para o jogo. A importância e a grandeza do jogo nos dá a oportunidade de mudar a história", concluiu.