Chamusca reconhece elenco limitado do Vitória e fala em reforços

Técnico confessou que Leão tem enfrentado dificuldades financeiras para contratar

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  • Vitor Villar

Publicado em 17 de fevereiro de 2019 às 17:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Maurícia da Matta / EC Vitória

Depois de empatar em 1x1 com o Ceará no último sábado (16) no Barradão, o técnico Marcelo Chamusca admitiu que tem um elenco limitado e que o Vitória tem enfrentado dificuldades financeiras para trazer mais atletas neste início de temporada.

“A gente precisa ter mais opções para mexer no time, para fazer substituições. Estamos sofrendo porque os jogadores se lesionam, têm desgaste físico e a gente fica sem eles. Contra o Moto Club (na quarta-feira, 13, pela Copa do Brasil) precisei de um jogador como o Erick (que estava com uma virose) e não tinha. Precisamos de um elenco mais encorpado”, disse Chamusca.

O comandante rubro-negro acrescentou que o torcedor tem o direito de reclamar das atuações do time, como tem feito, e exigir mais reforços. Em seguida, defendeu a diretoria, que segundo ele tem se esforçado na busca por contratações.

“Estamos sempre avaliando o mercado, mas estamos perdendo muitas oportunidades por dificuldades financeiras. A gente chega, oferece uma proposta para um jogador, vem outro clube e apresenta uma proposta melhor e leva. Isso é muito claro e tem sido uma dificuldade desde o início do nosso trabalho”, confessou o treinador.

“Mas eu digo que a diretoria tem feito o possível para que a gente possa qualificar o nosso elenco. Agora, tem que ter condições de cumprir os compromissos financeiros, também. Porque não adianta trazer jogadores e depois não cumprir com o que foi combinado, porque aí acaba complicando o trabalho do treinador”, completou Chamusca.

Crise com a torcida

Desde a eliminação para o Moto Club na primeira fase da Copa do Brasil, na quarta-feira (13) ao perder por 2x0 em São Luís, o Vitória tem enfrentado uma crise. Antes da partida com o Ceará, um grupo de torcedores fez um protesto próximo aos vestiários do Barradão. O presidente Ricardo David foi ofendido pelos cânticos da torcida. Ao sair de campo, o time foi vaiado.

“O que tá acontecendo é que nós, que chegamos agora em janeiro junto a um bom número de atletas, a gente tá pagando uma conta que não é nossa. É sempre muito melhor contar com a sinergia entre time e torcida, jogando juntos. Mas eu entendo o sentimento do torcedor neste momento. No ano passado as coisas não aconteceram bem e a torcida vem saturada com tudo isso. A gente respeita, desde que sejam ações que não ultrapassem a agressão e o desrespeito”, comentou Chamusca.

O técnico confessou, no entanto, que os problemas extracampo têm atrapalhado seu trabalho neste início de temporada. “Falar que esse entorno não tem interferência na performance e nas questões emocionais do time seria uma mentira. É claro que tem uma interferência. O que a gente tenta fazer é trabalhar o time, dar aos jogadores o suporte e a confiança necessários para que eles façam os jogos bem”, disse.

“A gente não pode negar que isso tudo atrapalha o nosso trabalho. Apesar de tentarmos blindar os jogadores, fazê-los focar nos treinos, a gente sabe que existem as redes sociais e que os atletas sabem de tudo o que está acontecendo em torno do clube. O nosso trabalho é tentar encontra um antídoto para essa influência”, completou.

Depois do empate com o Ceará, Chamusca terá a primeira semana livre para trabalhar a equipe. O próximo duelo é só no domingo (24), às 17h, contra a Juazeirense, em Juazeiro, pelo Baianão.