Chocolate da Bahia: Uma lista com os nossos melhores lançamentos

Confira a nossa seleção das barrinhas mais gostosas que provamos no Festival de Chocolate de Ilhéus

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  • Victor Villarpando

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 18:10

- Atualizado há um ano

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Sabe aquela história de que chocolate faz bem? Não se engane: não são aqueles cheios de açúcar do supermercado. As pesquisas que apontam benefícios para o coração e a pele se referem a (pequenas quantidades com) alto teor de cacau.

É justamente nessa seara que o sul da Bahia se destaca. Além do fornecimento para a indústria, mesmo depois da praga da vassoura de bruxa ter destruído lavouras na década de 1980, a região está bombando no mundo gourmet.

Dentre os 120 expositores da 10ª edição da Chocolat Bahia (Festival Internacional do Chocolate e Cacau), que aconteceu este mês em Ilhéus, 42 foram marcas regionais de chocolate de origem, aquelas que usam cacau de lá (algumas também fabricam).

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Nos stands, nem adianta procurar barras com menos de 39% de cacau na composição - o chocolate ao leite no Brasil tem 25%. As já tradicionais Amma e Mendoá ganharam companhia de nomes como Choc e Mestiço. Provei um bocado de amostras e te mostro aqui só os mais gostosos - palavra de quem arrepia ao morder uma barra com mais de 60%. Da coleção Flores do Brasil, a barra 50% cacau ao leite de coco com coquinho, da Choc (Fotos: Divulgação) Choc Da coleção Flores do Brasil, a barra 50% cacau ao leite de coco (alô, veganos!) com coquinho queimado é uma delícia. Intensa, mas não muito. Para os apaixonados por chocolate suíço, eles têm um ao leite com 39% que não deve nada a Lindt nenhum.

Em 2013, a advogada Julia Strand e o administrador Rodrigo Bastos tiveram a ideia de produzir chocolate com gostinho europeu na Bahia. “Em 2014, fizemos um curso sobre produção na Alemanha. Em 2015, moramos numa fazenda em Ibirataia (BA), de onde vem o cacau. Em 2016, em Salvador, desenvolvemos a marca e começamos a produzir e vender em 2017” conta Rodrigo. O ao leite 39% da Choc não deve nada a Lindt nenhum As barras de 80g variam entre R$ 12 e R$ 15 no site choc-chocolatesfinos.com.br. Em Salvador, dá para encontrar no Almacen Pepe, no HiperIdeal e na Rede Mix.

Mestiço Pelo menos no visual e nas opções. O meu queridinho, chocolate branco com hibisco (R$ 15), é rosa e tem padro- nagem geométrica na barra. O chocolate branco com hibisco da Mestiço: maravilha (Foto: Reprodução/Instagram) O cacau vem da fazenda Bonança, em Itacaré, que há mais de 40 anos cultiva o cacau que, hoje, vai direto para a fábrica da marca em São Paulo. O de 62% com café fazia o maior sucesso no stand, mas era amargo demais pra mim.

A marca tinha ainda varietais: Trinitário e Bonança 14. Para quem não sabe, é a diferenciação do cacau, tipo fazem com as uvas de vinho ou com os cafés. Chique, né? Só vende em São Paulo - e no Festival de Ilhéus.Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, tecnologia, pets, bem-estar e as melhores coisas de Salvador e da Bahia: Amado Cacau As empresárias Cecília Gomes e Greice Costa são da quarta geração de produtores de cacau da Fazenda Camacan, na cidade de mesmo nome. Mas elas modernizaram o negócio real. Os nibs doce com especiarias da Amado Cacau (Foto: Ana Lee/Divulgação) A programação visual, supercolorida e tropical, é linda e chama a atenção na feira. O pacote de nibs com açúcar demerara e especiarias (R$ 18) é uma maravilha! Em Salvador, vende no Almacen Pepe (Horto Florestal e Pituba).

Mendoá A embalagem linda, colorida e com aspecto aquarelado dá o bom indício: o chocolate 55% da linha orgânica - lançamento mais recente da marca - é uma delícia. E, mesmo sendo meio amargo, não é impossível para paladares acostumados à delícias do tipo Kit Kat ou Lindt. Com um cafézinho fica incrível. A linha orgânica da Mendoá (Foto: Reprodução/Instagram) A marca baiana é dona de um dos maiores stands do festival e também de uma das fazendas mais bem organizadas para receber turistas. Vale  a pena visitar ambos. Destaque para a linha Brasilis, que tem 40% de cacau e recheios como praliné de amendoim ou castanha de caju. Casa de Noca (Pituba), Perini, Almacen Pepe e na loja própria no Salvador Shopping.

Jupará O nome vem do bicho que espalha pela mata as sementes do cacau que come: o Jupará é um dos grandes responsáveis pelo plantio dos cacaueiros sob a sombra das árvores. A barrinha de chocolate branco com nibs é deliciosa e equilibra dulçor e amargor Do catálogo, minha barra preferida foi a branca com nibs (41% de cacau): é doce sem ser enjoativa. Contrasta o amargor do nibs com o dulçor do chocolate branco.

A textura também impressiona: mistura a crocância dos nibs com a maciez da massa. 25 gramas custaram R$ 5. Tem nos restaurantes Raízes (Shoppings Barra, da Bahia e Salvador) e Fazendinha Gourmet (Bompreços de Armação e do Canela).

Nayah A exceção da lista: é feito no Pará. Mas vale. Afinal, você já provou chocolate de cupuaçu? Não um com recheio da geleia, mas feito com a amêndoa? O Cupulate 35% (50g - R$ 12,50) é uma delícia! Supermacio e docinho, ele tem um sabor único: lembra o do cacau, mas é diferente. Chocolate de cupuaçu: já provou? (Foto: Reprodução/Instagram) Destaque também para as barrinhas com cumaru, ‘a baunilha amazônica’. A marca tem sede em Belém do Pará (faz parte do Programa de Incubadora de Empresas da Ufpa) e foi criada a partir de um projeto acadêmico sobre a biodiversidade da Amazônia. Dá para comprar no site nayahamazon.com, que tem frete grátis a partir de R$ 300.

*O jornalista viajou a convite do Festival Internacional do Chocolate e Cacau