Cidade da Música da Bahia: equipamento cultural inédito no país abre nesta sexta-feira (24) para visitação

Museu fica no emblemático Casarão de Azulejos Azuis, recuperado pela Prefeitura de Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Igor Santos/Secom

A cidade que canta, do povo que dança, ganha o espaço cultural que faltava. Pela primeira vez em seus 472 anos, Salvador passa a contar com um local de celebração e conhecimento de uma das expressões culturais com maior força na sua história. A Cidade da Música da Bahia, novo museu instalado no emblemático Casarão de Azulejos Azuis, no bairro do Comércio, será inaugurada nesta quinta-feira (23). A visitação pode ser feita de terça-feira a domingo, mediante agendamento em horários entre 10h e 17h. A entrada custa R$ 20 a inteira, com estudantes e residentes em Salvador podendo pagar meia-entrada através de comprovação.

São 1.914,76 m² de área construída. Em quatro pavimentos, o espaço possui hall de entrada, bilheteria, salão de estar, café, loja, biblioteca, midiateca, além das salas de exposições e um estúdio de gravação. Tudo com alta tecnologia para proporcionar um verdadeiro mergulho no passado, presente e futuro da produção sonora da primeira capital do Brasil. A visitação pode ser feita por meio do próprio smartphone do visitante, a partir do sistema da Cidade da Música, acessado através de QR Code e mediante preenchimento do cadastro. O espaço oferece serviço de wi-fi gratuito. Em quatro pavimentos, o espaço possui hall de entrada, bilheteria, salão de estar, café, loja, biblioteca, midiateca, além das salas de exposições e um estúdio de gravação Todo o acervo do museu é 100% audiovisual, com curadorias de Antonio Risério e Gringo Cardia. O primeiro andar retrata bairros da cidade e suas músicas, histórias, depoimentos e novas tendências. O segundo andar, que possui ilustrações gigantes de fragmentos da pintura modernista de Genaro de Carvalho, abriga nove cabines de vídeos, além de três salas: A Magia da Orquestra, que exibe conteúdo voltado para a música clássica, A Nova Música da Cidade, com conteúdo de grupos novos, cantores em ascensão e grupos periféricos de música, e Quem Faz a Música da Bahia, que mostra 260 depoimentos das pessoas mais importantes e representativas da música baiana.

O último pavimento da Casa da Música da Bahia oferece muito entretenimento interativo. Há três salas de karaokê com gravação de clipes; uma sala que mostra vídeos de vários rappers; trappers e poetas de todo o Brasil com espaço para o visitante recitar seu rap ou poesia; jogos da memória sobre a música baiana; perguntas e respostas baseadas na exposição e instalações interativas que simulam mesa de som; além de exibições de documentários e espaço especial de demonstração de um set de percussão, que também foi desenhado para ser um estúdio de gravação.“A Cidade da Música da Bahia retrata toda essa efervescência cultural que temos em Salvador, de sermos a cidade da música do Brasil e do mundo, título dado pela Unesco. O visitante conseguirá ver toda a história desta música da cidade de Salvador, das 33 regiões da capital, com suas vertentes e gêneros. Aqui é possível entender como se formou a música na cidade. Também é possível entender como outros ritmos influenciaram”, destacou Fábio Mota, secretário de Cultura e Turismo de Salvador.O artista e arquiteto Gringo Cardia, referência mundial em cenografia e também o curador da Casa do Carnaval, na Praça da Sé, se debruçou em ricos acervos e se preocupou em retratar no museu histórias de grandes e novos artistas, além de nomes que fazem músicas nos bairros da capital baiana. “Um espaço para conhecer e vibrar com os ritmos e as tribos que fazem a história da música da Bahia. Uma história que não tem fim e recomeça a cada dia com mais uma novidade, mais uma misturagem. O baiano já nasce com o dom da música”, declarou ele sobre o novo espaço cultural. Equipamento possui um vasto acervo para proporcionar um mergulho no passado, presente e futuro da música produzida na primeira capital do Brasil Indutor de turismo O Cidade da Música da Bahia fica em um local estratégico. Entre dois grandes pontos turísticos da cidade – o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo -, o museu está instalado no emblemático Casarão de Azulejos Azuis, tombado em 30 de julho de 1969 e recém-recuperado pela Prefeitura de Salvador. “O local é um indutor de turismo riquíssimo para Salvador, não tenho dúvida nenhuma que pessoas do Brasil e de fora do país vão querer vir conhecer o museu. Por tudo que retrata, por toda a história, da forma que se conta através dos bairros da cidade”, destacou Fábio Mota.

O secretário de Cultura e Turismo de Salvador chama atenção também para o equipamento que está sendo construído ao lado do Cidade da Música, o Museu da História da Cidade, com um dos arquivos públicos mais importantes do Brasil: “Queremos interligar todos estes quatro equipamentos culturais para que as pessoas possam assim visitar e preservar a história não só de Salvador, mas do país, já que somos sua primeira capital. O nosso arquivo público é um dos mais importantes da América do Sul. Nós temos, por exemplo, os primeiros 200 anos das casas legislativas da nação. Então, essa região tem a estratégia de impulsar o turismo”, destacou.“Um espaço para conhecer e vibrar com os ritmos e as tribos que fazem a história da música da Bahia. Uma história que não tem fim e recomeça a cada dia com mais uma novidade, mais uma misturagem. O baiano já nasce com o dom da música”, declarou Gringo Cardia, artista, arquiteto e curador da Cidade da Música.O Casarão de Azulejos Apesar de tombado em 1969, a história do Casarão dos Azulejos Azuis é mais antiga. Não há informações precisas sobre as origens do sobrado. Acredita-se que tenha sido construído entre 1851 e 1855. De lá para cá, o imóvel passou por diversas transformações, abrigando o Hotel Muller, ainda no século XIX, e até o supermercado Paes Mendonça na segunda metade do século XX.

As intervenções no Casarão dos Azulejos Azuis tiveram investimento de quase R$ 8 milhões, provenientes de financiamento junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), através do Programa de Requalificação Urbana de Salvador (Proquali). Para efetivar as obras de recuperação no lugar que agora passa a abrigar a Cidade da Música da Bahia, a Prefeitura promoveu estabilização do imóvel, em 2017. De lá pra cá, uma grande operação foi realizada para abrigar a estrutura de alta tecnologia que vai oferecer experiências inéditas aos visitantes.

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