Cigano é morto por outros ciganos na frente de mulher e filha em Camaçari

De acordo com as investigações, uma dívida teria motivado a morte de Juberlam Pinheiro do Nascimento, 37 anos

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  • Bruno Wendel

Publicado em 12 de julho de 2017 às 16:02

- Atualizado há um ano

O cigano Juberlam Pinheiro do Nascimento, 37 anos,  foi assassinado a tiros na noite de terça-feira (11), em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele morreu com cerca de 20 tiros, na frente da mulher e da filha de apenas 11 anos, na casa onde moravam, no bairro de Nova Vitória. 

Segundo a polícia,  o crime foi cometido por outros quatro ciganos e os autores já foram identificados. “Existe um parentesco entre os autores. São pai, filho, um primo e um outro indivíduo”, explicou um dos policiais da Delegacia de Homicídios de Camaçari (DH/RMS), onde o crime é apurado, que não quis ser identificado. O policial não soube precisar se os autores também são parentes de Juberlam. De acordo com as investigações, uma dívida teria motivado a morte da vítima. 

No entanto, segundo um familiar de Juberlam, que não quis se identificar, um dos envolvidos no crime era primo de primeiro grau da vítima, e um outro era padrinho de um dos seus filhos. "É uma situação bem complicada porque os envolvidos são os próprios familiares, inclusive o restante da família também está correndo risco de morrer. A família não sabe que dívida era essa, só a mulher dele sabe ao certo o que ele devia", conta. 

Ainda de acordo com o parente da vítima, a morte de Juberlam pode acabar fazendo outras vítimas. "A cultura cigana costuma vingar as mortes, todo mundo está correndo risco".

CrimeO crime aconteceu na casa de número 23, na Rua Chico Mendes. Segundo a polícia, Juberlam recebeu os outros ciganos em sua casa, por volta das 18h20. Na hora, houve uma discussão por conta de uma dívida entre Juberlam e um dos ciganos, que em seguida efetuou os primeiros disparos. "Ainda baleada, a vítima correu, mas foi alcançada no corredor e foi baleada pelos quatro criminosos”, contou o policial, da Delegacia de Homicídios de Camaçari (DH/RMS).

Segundo um vizinho da vítima, a mulher dele tinha acabado de colocar o lixo na porta, quando ouviu os tiros. “Ela retornava para casa, quando escutou muitos disparos e em seguida um baralho de um carro saindo em disparada”, contou o moarador.