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Eduardo Athayde
Publicado em 25 de outubro de 2019 às 07:08
- Atualizado há um ano
Entre 21 e 24 de janeiro de 2020, líderes mundiais reunidos no World Economic Forum (WEF) debaterão as rápidas mudanças globais provocadas pela interconectividade de culturas e economias. Davos mostrará como adigitalização, o big data e a migração dos serviços de Tecnologia da Informação (TI) para a nuvem estão levando à Globalização 5.0.
Durante o evento, gestores dos Eco-Industrial Parks (EIP) dos quatro cantos mundo, especialmente da China, atônitos pelo volume, a volatilidade e a agilidade dos acontecimentos, buscarão entender as inovações que pipocam nas nuvens nesta nova era da “eco-nomia”.
Formado por comunidades de empresas, uma especie de simbiose industrial, os EIPs estimulam o “innovation ecosystem”, obtendo vantagens competitivas por meio da troca física de materiais, energia, água e subprodutos críticos para a inovação, buscando a eficiência de recursos industriais e economia circular, exemplos práticos de desenvolvimento inclusivo e sustentável.
Acompanhados pela United Nations Industrial Development Organization (Unido), que coordena os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a indústria; e articulados com o Banco Mundial e a alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), EIPs ajudam a preencher lacunas entre cidades e indústrias, contribuindo para cidades sustentáveis.
O WEF, antes anualizado, vem promovendo edições mensais em vários locais do mundo para abastecer-se do novo. Em breve acontecerá no Senai-Cimatec Park da Bahia (senaicimatec.com.br) - a ser inauguradodia 11 de novembro próximo - em Camaçari. Este novo EIP singular, localizado no Polo Nordeste do Mercosul, já nasce com DNA do ODS Industrial e chamará a atenção da União Europeia.
Na visão de “innovation ecosystem”, o EIP Bahia, conectado via Internet das Coisas - IoT e Blockchain, será um complexo tecnológico e industrial com área de quatro milhões de metros quadrados, laboratórios avançados, plantas-piloto de grandes proporções, áreas de segurança para testes e operações de risco e pista de teste multiuso para projetos de inovação tecnológica para o setor automobilístico.
Exibindo novidades, será o único do mundo a ter uma biodiversa área de preservação de mata nativa e estudos da flora e da fauna para sediar um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em convenio com o Ibama, criando um modelo de gestão sustentável e servindo de referência para o setor empresarial global. Ganha a Bahia e o Brasil.
Participantes do WEF 2020, na Suíça, poderão ver, ao vivo, animais do EIP-Cetas Bahia através das câmaras instaladas, e até Klaus Schwab, presidente do WEF, poderá conversar com os alunos das escolas de Camaçari, mostrando que na visão da “eco-nomia” um ambiente industrial duro e árido pode ser transformado em um local aprazível para o trabalho e o aprendizado, assumindo inovadoras competências. Um legado para as novas gerações.
Ainda, pela proximidade com o mar e por estar na sede Senai-Cimatec em Salvador, Capital da Amazônia Azul, o Cimatec-Mar forma o embrião de um novo Eco-Industrial Park Marinho EIP-M, em parceria com a Marinhado Brasil, focado na defesa, na pesquisa e na exploração sustentável das riquezas dos 5.7 milhões de km² da Amazônia Azul, Zona Econômica Exclusiva brasileira. Será destaque na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Unclos).
Não há mais como “pensar fora da caixa”, a caixa agora é o planeta digitalmente conectado. As rápidas mudanças em curso exigem dos gestores muita versatilidade, prontidão para lidar com o inesperado e capacidade para entender que flexibilizar o planejamento é mais importante do que manter os velhos caminhos estruturados. Ter clareza nos propósitos - e nas entregas - é uma forma mais eficaz de lidar com mutações disruptivas.
Eduardo Athayde é diretor do WWI