Codeba apresenta as oportunidades de investimentos em seminário nesta sexta

Portos da Bahia têm R$ 3 bilhões em investimentos no horizonte

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 15 de março de 2019 às 05:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Os projetos de modernização dos portos públicos baianos devem representar investimentos de pelo menos R$ 3 bilhões nos terminais instalados em Salvador, na Baía de Aratu e em Ilhéus. Entre os chamados investimentos estruturantes (que representam modernização de áreas ou a construção de novas áreas), investimentos que já estão em curso e os novos projetos, a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) contabiliza pelo menos 20 intervenções nos próximos anos. 

Atualmente, os portos de Salvador, Aratu e Ilhéus contam com 82,3% de suas áreas desocupadas – sem uma destinação econômica, portanto. Além de não acrescentarem dividendos para a companhia das docas, as áreas ainda representam uma fonte de custo com a manutenção patrimonial. Juntos, os três portos públicos movimentam por ano 11,1 milhões de toneladas de cargas. Somadas as cargas movimentadas em terminais privativos, o volume movimentado pela Bahia é de 36 milhões de toneladas por ano. 

Com a adoção de uma política voltada para facilitar a realização de arrendamentos, concessões ou sessões onerosas de espaços, a Codeba estima que o aproveitamento de apenas metade deste potencial deve representar um acréscimo de R$ 125 milhões na arrecadação patrimonial da empresa. Para este ano, a expectativa de arrecadação é de R$ 170 milhões, sem contar com os investimentos. 

“Nós temos metas que eu considero bastante realistas, para não dizer conservadoras”, destaca o diretor-presidente da Codeba, Rondon Brandão do Vale. Segundo ele, a empresa pública tem realizado uma série de ações para apresentar à iniciativa privada as potencialidades das áreas e assim materializar os projetos. 

Principais investimentos A maior parte dos investimentos previstos está localizada no Porto de Aratu-Candeias. O terminal atende algumas das maiores indústrias da Bahia, como operações de escoamento das chamadas cargas gerais – grãos e minérios, entre outras – e líquidas e gasosas para as empresas do setor químico e petroquímico. 

O porto, com um total de seis áreas para a atracação de navios, acesso ferroviário, tem a previsão de ampliação nas áreas de atracação de navios, licitação dos terminais para movimentação de granéis sólidos e a licitação de um terminal para movimentar minérios. Dentro de cinco anos, a estimativa da Codeba é que passe a movimentar 25 milhões de toneladas de ferro por ano. As áreas para líquidos e gasosos também devem passar por uma ampliação. 

Em Salvador, onde são movimentadas cargas em contêineres, além de cargas gerais, como grãos e celulose, os investimentos previstos mais significativos são na ampliação do Terminal de Contêineres (Tecon Salvador), operado pela Wilson Sons, e na criação de um segundo terminal do tipo. 

Com a expansão, o Tecon passará a contar com um cais de 423 metros para 800 metros e deverá ganhar 88,8 mil metros quadrados (m²) de retroárea, passando para um total de 207,6 mil m². 

Para a construção do novo terminal de contêineres no Porto de Salvador, a estimativa da Codeba é de um volume de investimentos de R$ 715 milhões. 

Hoje, das 8h às 19h, o futuro do setor portuário será discutido no Seminário Portfólio de Investimentos nos Portos da Bahia – Oportunidades de Outorgas, uma realização do CORREIO e  Codeba, com o patrocínio da J. Macêdo e Ultracargo, apoio institucional da Braskem e apoio da Fieb, Usuport, Associação Comercial da Bahia e Contermas. Programação do seminário:

8h30 – Abertura – Composição da Mesa

Diogo Piloni -  Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) do  Ministério da  Infraestrutura

9h – Diretrizes da Política Portuária Nacional

Disney Barroca Neto  –  Coordenador Geral de Modelagens de Arrendamentos  Portuários da SNPTA

10h – Oportunidades de investimentos nos Portos da Bahia

Rondon Brandão do Vale –  Diretor-presidente da Codeba

11h15 – Linha de Créditos para investimentos portuários privados

Lidiane Delesderrier Gonçalves –  Chefe do Departamento de Desestatização e  Estruturação de Projetos Federais do BNDES 

Pedro dos Passos –  Chefe do Departamento de Transportes e Logística do  BNDES

Sérgio Luiz Matos da Silva –   Gerente de Desenvolvimento da Desenbahia

14h – Porto de Aratu-Candeias – Novas perspectivas de investimentos  privados 

Mediador: Adary Oliveira –  Presidente da Associação Comercial da Bahia 

 Projeto Integrado Mina-Ferrovia-Porto  Gabriel da Cunha Oliva – Executivo sênior da Empresa Colomi Iron Mineração

A Logística que Queremos para o Brasil  Marlisa Piovesan Reche - Diretora de Logística de Químicos e Vinílicos da Braskem

15h - Porto de Ilhéus - Melhorias na infraestrutura

Mediador: Alberto Carvalho Vieira Junior  –   Diretor de Projetos da BAMIN

Dragagem de Aprofundamento  Domênico Acetta – Diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviária da  SNPTA 

15h30 – Porto de Salvador - Perspectivas de Projetos

Mediador: Marcos Galindo – Coordenador do Comitê de Portos da Fieb 

Ampliação do Tecon  Patrícia Iglesias - Diretora Comercial do Tecon Salvador

Proposta do ‘HUB-PORT’  Paulo Villa – Diretor Executivo da Usuport

16h30 – Porto 4.0 - automatização e informatização portuária

Fernanda Rumblesperger –  Diretora de Gestão e Modernização Portuária da   Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da  Infraestrutura

17h - Mesa de Debates: Investimentos nos Portos Públicos da Bahia 

Moderador: Augusto Cesar Carvalho Barbosa de Souza–  Presidente Interino do Conselho de Administração da Codeba

Cesar Veríssimo Guimarães Jr –   Gerente da Unidade da Empresa  JMacedo em Salvador

Paulo Henrique de Almeida –   Assessor Especial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia  Mauro Guimarães Pereira –   Superintendente Geral do Cofic Helano Pereira Gomes –  Diretor de Negócios da Empresa Ultracargo

18h30 - Encerramento