Collor pede perdão pelo confisco do saldo de cadernetas de poupança

Ex-presidente tem usado rede social para tentar reconstruir a imagem

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  • Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2020 às 11:19

- Atualizado há um ano

. Crédito: Antônio Cruz/ABr

O ex-presidente Fernando Collor de Mello pediu desculpas nesta segunda (18) pelo confirsco de parte do saldo de cadernetas de poupança e contas-correntes durante seu governo, em 1990.

No Twitter, onde tem estado bastante ativo e trabalhado sua imagem, Collor disse que foi uma decisão "dificílima" tomada para tentar contar a hiperinflação que chegava a 80% ao mês.

“Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome”, escreveu o hoje senador por Alagoas. “Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo”.

O chamado plano Collor limitou saques a 50 mil cruzeiros. O governo afirmava que a ideia era controlar a inflação e liberar o dinheiro um ano e meio depois.

A inflação só foi controlada com o Plano Real, em 1994. Até hoje segue na Justiça a discussão sobre a perda dos poupadores com o Plano Collor.

Recentemente, Collor aumentou sua presença nas redes sociais. No Twitter, interage muito e usa do bom humor para tentar construir uma nova imagem diante do público. Ele comentou BBB (torcia por Babu), seu uso de gel nos cabelos e fez uma tirada quando questionado sobre um escândalo no seu governo. "Fala que o Fiat Toro (carro divulgado no reality da Globo) é a evolução da Elba". Um Elba foi pivô das denúncias que acabaram com impeachment do presidente, em 1992. "Evolução da Elba deve ser a Palio Weekend. A Toro deve ser a evolução da Strada, não?", respondeu Collor.