Com 1,33m, Flávia Saraiva é a maior esperança da ginástica brasileira no feminino

Atleta de apenas 32 kg e 16 anos estreou em competições adultas em 2015 e é uma das grandes apostas para os Jogos do Rio 2016

Publicado em 26 de dezembro de 2015 às 12:42

- Atualizado há um ano

Foto: Ricardo Bufolin/CBGSe no masculino as chances de medalha são boas com Arthur Zanetti, no feminino, elas são menores. Tanto em possibilidades quanto em tamanho. A grande aposta do Brasil possui apenas 1,33m: Flávia Saraiva.

A pequenina atleta de 16 anos e apenas 32 kg teve em 2015 seu primeiro ano competindo como adulta, após três medalhas (ouro no solo e prata no individual geral e trave de equilíbrio) na Olimpíada da Juventude de 2014, em Nanquim, na China. 

Se era uma promessa antes, a realidade bateu na porta na etapa da Copa do Mundo em São Paulo, em maio. Flavinha, ainda pouco conhecida pelo público, deu um show de simpatia e de técnica, sendo ovacionada no ginásio do Ibirapuera. Levou o ouro no solo e a prata na trave de equilíbrio. 

No Pan-Americano de Toronto, em julho, outros bons resultados e mais uma gama de fãs conquistados. Aplaudida efusivamente, ficou com o bronze no individual geral e ajudou a equipe feminina a levar a mesma medalha no geral. Até por isso, a estreia no Mundial, em Glasgow, em outubro, acabou ficando longe das expectativas criadas.

Flavinha tentou novas técnicas e acabou sentindo a pressão da estreia na segunda maior competição da ginástica artística. Errou muito mais que o de costume e ficou na 24ª posição na final do individual geral. A companheira Lorrane Oliveira terminou em 18º. 

Junto com Flavinha e Rebeca Andrade, que se recupera de uma cirurgia no joelho, o trio representa a nova geração da ginástica brasileira. São elas, ao lado de ‘veteranas’ como Daniele Hypólito e Jade Barbosa que vão precisar assegurar vaga para a equipe feminina em abril, no evento-teste para os Jogos, que vai servir como Pré-Olímpico. 

Além do Brasil, França, Bélgica, Alemanha, Romênia, Austrália, Coreia do Sul e Suíça brigarão pelas últimas quatro vagas no Rio-2016. A classificação do país leva automaticamente cinco ginastas para as disputas individuais. No individual geral, o Brasil tem uma vaga assegurada por ser país sede.