Com a crise, concessões e PPPs viram opções para municípios

Evento reúne prefeitos, secretários municipais e profissionais interessados na área

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  • Luan Santos

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 12:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fernando Filho/Divulgação

Num cenário de crise econômica, as Parcerias Público Privadas (PPPs) e concessões são apontadas como alternativas de investimento e oportunidades de negócios durante o 1º Encontro de Gestores Municipais, realizado nesta quarta-feira (8), no Sheraton da Bahia, no Campo Grande. O evento, que acontece até esta quinta-feira (9), reúne prefeitos, secretários municipais e profissionais interessados na área. 

Além de apresentar casos de sucessos de PPPs e concessões em diversas cidades do Brasil, entre elas Salvador, o encontro debate também alternativas para superar os entraves para o avanço destes modelos. O prefeito ACM Neto (DEM) apresentou iniciativas já feitas em Salvador, como a concessão da Estação da Lapa e os projetos de PPP da iluminação e da zona azul. A PPP da iluminação deve ter investimentos superiores a R$ 350 milhões. 

"A gente começou a adotar esse modelo de parceria com a iniciativa privada já no primeiro mandato. O centro de convenções é um exemplo claro de investimento privado que se soma ao público. Eu entendo que esse é um caminho ideal para suprir essa falta de recursos público, sobretudo no momento de crise, que a gente sabe que os recursos ficam muito escassos", disse Neto.

 O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (PMDB), seguindo a mesma linha de argumento de Neto, ponderou que, antes de pensar nas parcerias, é fundamental arrumar a casa. "Antes, é preciso ajustar as contas, porque ninguém vai querer investir em uma cidade sem esse planejamento", pontua. 

Ele conta que, a exemplo de Salvador, também estuda parceria com a iniciativa privada para a iluminação pública e também para administração de equipamentos turísticos, como mirantes e parques. 

Carlos Nascimento, diretor de programas da LSE Enterprise (braço executivo da reconhecida London School of Economics), acredita que o ano de 2018 será marcado pelo avanço nestes modelos de parceria entre público e privado.

"Um primeiro fato que pode alavancar esse crescimento é a própria melhora da economia, que vai gerar mais garantias para a iniciativa privada. Além disso, é ano eleitoral, e os gestores têm mais incentivos politicos em anos eleitorais. Isso pode ser observado em 2010 e 2014, por exemplo, que foram anos com bom nível de investimentos", afirma.