Com destaque para pais e filhos, devotos acompanham caminhada de Irmã Dulce

Essa foi a segunda edição do evento; dia da religiosa é nesta segunda (13)

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  • Thais Borges

Publicado em 12 de agosto de 2018 às 11:18

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. Crédito: Foto: Thais Borges/CORREIO

Irmã Dulce pode ter sido uma espécie de mãe para muitos necessitados, mas não são só as mulheres que aprendem com os seus ensinamentos. Neste domingo (12), em pleno Dia dos Pais, muitos pais aproveitaram para compartilhar a fé com os filhos ao participar da 2ª Caminhada Irmã Dulce, que saiu da Basílica Santuário Senhor do Bonfim em direção ao Santuário do Anjo Bom, no Largo de Roma. 

A caminhada, que teve a primeira edição no ano passado, faz parte dos festejos dedicados à Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. A programação era o destino certo da família do segurança Djalma Ferreira, 66 anos, que foi acompanhado das filhas Taís, 34, e Deise, 30. Enquanto seguia ao lado do andor da religiosa, ele elogiou a trajetória de Irmã Dulce.“Ela fez muito pelos pobres, fez muito por nós e continua fazendo”, explicou Djalma. Depois dali, os três sairiam para almoçar juntos. “Vamos levá-lo para comer fora, porque hoje não quero cozinhar”, brincou Taís. O almoço em família também seria a segunda parte da comemoração do assistente administrativo Reginaldo Bispo, 40, da esposa Elisângela e do filho Ramon, 10. Os três escolheram começar o dia com Irmã Dulce também para agradecer por um ano de casamento. 

Reginaldo já trabalhou no hospital e, assim, desenvolveu um carinho pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Também começou a admirar ainda mais o trabalho da religiosa. “Conheci a história dela quando tinha 13 anos, mas não tinha nenhuma formação religiosa. Foi através dela que conheci o amor de Cristo”, contou.  Após a caminhada, houve uma tarde de louvor no Santuário de Irmã Dulce (Foto: Almiro Lopes) O mestre de obras Antônio Raimundo dos Santos, 65, não estava com nenhum dos 12 filhos, mas aproveitou a companhia da irmã e da sobrinha para renovar as esperanças. Enquanto os filhos estavam em Paramirim, no Centro-Sul da Bahia, ele disse que Irmã Dulce representa esperança, "por tudo que ela fez pelas pessoas", contou. 

Essa foi a primeira vez que o devoto Romário da Cruz, 44, participou da caminhada por Irmã Dulce. Ele trouxe o filho, Enzo, de seis anos, de Alagoinhas, justamente para participar da programação. O pequeno será batizado no santuário em outubro. “Sou devoto há 20 anos, desde que conheci o trabalho dela. Irmã Dulce ensina muito aos pais. Ensina que o maior legado é o amor, porque ela teve uma vida dedicada ao amor, e de forma incondicional, sem esperar nada em troca”, afirmou ele, que também deve participar das atividades desta segunda-feira (13), em que é comemorado realmente o Dia de Irmã Dulce. Programação Mas não foram só os pais e filhos que participaram do momento de fé. Moradora do Jardim Cruzeiro, a administradora Marli Gomes, 52, acordou cedo para acompanhar a procissão. Nesta segunda, vai aproveitar que está de folga do trabalho e fará a mesma coisa. “Por coincidência, deu tudo certo e vou conseguir participar. Irmã Dulce teve uma trajetória incrível, de muita luz. Cresci escutando sobre as obras dela”. 

A cabeleireira Iraildes Ramos, 70, acompanha Irmã Dulce desde criança. Na época, chegou a conviver com a religiosa, quando estudou na escola fundada pelo Anjo Bom – a Escolinha Santo Antônio. Na época, a própria Irmã Dulce saía de porta em porta pedindo doações para os necessitados. “Ela ia com algumas crianças e eu fui com ela algumas vezes. Ela recebia muita porta na cara, mas acolhia doentes, pessoas com mau cheiro, quem quer que viesse. Poucos seres humanos teriam a coragem de fazer o que ela fez. Eu não vou mentir: não sei se teria coragem de fazer tudo que ela fez, por isso a admiro”, contou. Para a superintendente da Osid, Maria Rita Pontes, embora essa ainda tenha sido a segunda edição, a caminhada para Irmã Dulce já tem se tornado uma tradição. “Vemos o entusiasmo das pessoas, que ficam super engajadas. A cada ano, a gente vai fortalecer ainda mais. No ano que vem, deve ser ainda mais bonito porque vamos estar no Caminho da Fé”, disse, referindo-se ao projeto da administração municipal que estimula o turismo religioso entre o Memorial Irmã Dulce e a Colina Sagrada.

Ainda na tarde deste domingo, a partir das 14h30, o padre Antônio Maria comandou uma Tarde de Louvor no santuário da religiosa. Já nessa segunda (13), Dia de Irmã Dulce, o ponto alto será a Missa Solene, às 9h, presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.