Com intoxicação alimentar, 50 trabalhadores de obras do metrô passam mal

Suspeita do sindicato é de que problema tenha sido na água ou na comida

  • D
  • Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2018 às 14:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Trabalhadores tiveram sintomas como diarreia e dores na barriga (Foto: Sintepav/Divulgação)
. por Trabalhadores tiveram sintomas como diarreia e dores na barriga (Foto: Sintepav/Divulgação)

Cerca de 50 operários que trabalham nas obras do metrô de Salvador passaram mal na manhã desta terça-feira (22). Os trabalhadores, que são funcionários da empresa Ferreira Guedes, que presta serviço ao metrô, atuam na construção da Estação Aeroporto, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). 

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De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado (Sintepav-BA) e presidente da Força Sindical-BA, Emerson Gomes, os operários apresentaram sintomas como dores na barriga e diarreia. “A gente está levantando o que de fato aconteceu. Esses trabalhadores chegaram hoje para trabalhar e alguns já reclamavam que estavam com dor na barriga. Como diversos trabalhadores estavam com o mesmo sintoma, ligamos para a empresa para ver o que poderia ter ocasionado”, explicou, por telefone, ao CORREIO. Segundo Gomes, a empresa já tinha buscado verificar a qualidade da água e contatou a empresa Nutrigolden, contratada para o fornecimento de alimentação, para analisar amostras do que foi preparado e servido na segunda-feira (21). Uma equipe do setor de saúde e segurança do Sintepav esteve no canteiro de obras nesta terça e deve seguir acompanhando o caso. 

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Na avaliação do vice-presidente da entidade, porém, tudo aponta para uma contaminação – seja pela água, seja pela comida. “O atendimento inicial foi no próprio ambulatório na obra da empresa, mas alguns trabalhadores foram encaminhados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) mais próxima ou para casa”.  

Dez dias  Segundo o proprietário da empresa Nutrigolden, Daniel Lessa, as amostras foram enviadas nesta terça à Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Os resultados serão divulgados em 10 dias.

“A gente ainda não pode dizer nada exatamente, mas as amostras são recolhidas no dia a dia da empresa. A gente faz isso exatamente para resguardar de qualquer problema que venha a acontecer”, explicou. Atualmente, a Nutrigolden fornece café da manhã e almoço para cerca de 450 operários que trabalham na Estação Aeroporto. 

A empresa Ferreira Guedes, que tem sede em São Paulo (SP), foi procurada pelo CORREIO, mas não nenhum representante foi localizado para comentar o caso.