Com Kieza em nova função e Denílson '9', Leão vence jogo-treino

Novato atuou como centroavante e marcou dois gols; K9 atuou como um ponta

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  • Vitor Villar

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 20:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: Maurícia da Matta / EC Vitória

O jogo-treino do Vitória nesta sexta-feira (12), contra o Atlântico, trouxe uma novidade: o atacante Kieza, tão cobrado pela torcida em 2017, jogou numa função nova com Mancini. Ele atuou pela ponta esquerda, onde jogava o destaque David, vendido ao Cruzeiro.

O técnico não contou com o atacante Tréllez, liberado para resolver problemas pessoais na Colômbia. Assim, o reforço Denilson, que todos esperavam ser o substituto de David, atuou como centroavante. E brilhou: marcou os dois gols do 2x1 sobre o adversário do Baianão.

O restante do time, muito semelhante ao do ano passado, se posicionou num 4-4-2 idêntico ao utilizado na reação fora de casa na Série A.

É bem verdade que os quatro homens mais avançados – Yago, Kieza, Neilton e Denílson – pouco guardavam posições. Enquanto tocavam a bola, distribuíam-se pelo gramado sem muito rigor, trocando de lugar.

Kieza O resultado, pelo menos no primeiro teste do ano, não foi tão animador assim. O Vitória mostrou dificuldades de criar jogadas, sobretudo quando a bola caiu no lado de Kieza. O atacante foi criticado pela torcida no primeiro encontro de 2018. Os rubro-negros, que lotaram o setor das cadeiras do Barradão (a entrada foi gratuita), lamentaram aos berros o fato do camisa 9 não ter se transferido para o Botafogo.

Já "Pernalonga" aproveitou bem a chance. Esse foi o apelido cantado pela torcida após os gols de Denílson. O atacante, dono de, literalmente, pernas longas, primeiro usou da sua altura – 1,85 m – para desviar de cabeça um cruzamento de Bryan na etapa inicial. No segundo tempo, aproveitou sobra de bola na área.

Também estreante, o lateral-esquerdo foi outro destaque. Além do cruzamento para o gol, Bryan criou as melhores investidas pela esquerda e mostrou categoria nas cobranças de falta. Por ora, é o cobrador do time.

No segundo tempo, Mancini trocou seis atletas. Não pôde dar descanso aos laterais, por não ter reservas. Sem o zagueiro Léo Xavier, o volante Léo Gomes e o meia Nickson – não relacionados por opção do técnico –, o banco de reservas tinha sete jogadores.

Se o desempenho do ataque foi desanimador, o da defesa foi preocupante. O único gol saiu numa falha geral da zaga em cobrança de escanteio do Atlântico. Antes, Caíque já havia feito duas defesas difíceis, em jogadas nas costas de Kanu e Wallace.

O Vitória jogou com Fernando Miguel (Caíque, depois Ronaldo), Lucas, Kanu (Ramon), Wallace (Bruno) e Bryan; Uillian Correia (Jhemerson), Filipe Soutto (Lucas Marques), Yago e Neilton (Rafaelson); Kieza e Denilson.

Mancini ainda tem quatro dias até a estreia contra o Globo-RN, fora de casa, na terça-feira (16), às 21h45.

O Atlântico começou com José Augusto, Michel, Ueslei, Abdala e Vicente; Luan, Michel Tiago, Antônio Carlos e Igor; Mateus e Vitinho. O técnico é o ex-rubro-negro Ricardo Silva.