Com obras iniciadas neste sábado (25), piscina olímpica ficará pronta em abril

O equipamento foi doado a Salvador como legado dos Jogos do Rio 2016

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  • Thais Borges

Publicado em 25 de novembro de 2017 às 15:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Valter Pontes/Agecom

Imagine nadar na mesma piscina onde passaram nomes como Michael Phelps, Katie Ledecky e Thiago Pereira. A partir de abril de 2018, isso deve ser possível em Salvador, com a inauguração da piscina olímpica herdada dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. 

A ordem de serviço para a implantação da piscina foi assinada pelo prefeito ACM Neto na manhã deste sábado (25), em uma cerimônia na Praça Wilson Lins, na Orla da Pituba.  É justamente o local onde ficará a piscina, além de um Centro Aquático que promete estimular a prática de esportes de alto rendimento como natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático e maratona aquática. 

"Começamos a primeira gestão reformando quadras e campos. Hoje, continuamos fazendo isso, estimulando a prática de esportes nos bairros. Mas hoje também podemos olhar equipamentos de alto rendimento com uma visão mais profissional para a descoberta de talentos como Edvaldo Valério. Países que investem na formação de atletas conseguem resultados melhores também na educação e na segurança pública. Por isso estamos investindo em esporte, atraindo, por exemplo, competições de ponta como a Maratona Salvador", afirmou o prefeito ACM Neto, durante a solenidade. 

Dimensões Ao todo, a piscina tem 1,1 mil metros cúbicos divididos em 50 metros de comprimento, 25 metros de largura e dois metros de profundidade. O equipamento fará parte de um projeto de requalificação da Praça Wilson Lins, em uma área de 6,3 mil metros quadrados. Além da arena, terá espaço para pedestres, estacionamento, ciclovia, escultura, anfiteatro e posto de salva-vidas. No centro, também ficará uma piscina de aquecimento para os atletas e uma arquibancada (350 lugares móveis e 350 assentos fixos). 

O investimento será de R$ 1,2 milhão para a construção do centro, com recursos municipais, enquanto a piscina foi doada pela Olimpíada. Além de Salvador, as cidades do Rio de Janeiro (RJ), Manaus (AM) e Guaratinguetá (SP) receberam piscinas utilizadas durante os jogos. 

De acordo com o secretário municipal de Trabalho, Esportes e Lazer, Geraldo Júnior, o equipamento era utilizado nas principais provas da Natação. “Não era uma piscina de aquecimento, embora as duas tivessem as mesmas dimensões. É uma piscina de provas”, assegurou. "Não era uma piscina de aquecimento, embora as duas tivessem as mesmas dimensões. É uma piscina de provas", afirmou o secretário Geraldo JúniorEm até oito dias, deverá ser lançada a licitação para contratar a empresa que fará o transporte da piscina a Salvador. Atualmente, ela está armazenada na Base Naval do Rio de Janeiro e será trazida em sete contêineres na cidade, uma vez que pode ser desmontada devido ao formato em painéis. Quando chegar aqui, será armazenada na Base Naval de Aratu até a instalação na Pituba. Como a piscina tem uma camada de PVC, o secretário garante que isso deve protegê-la da oxidação. 

Diretor da Secretaria Nacional de Futebol do Ministério dos Esportes, André Luís Argôlo afirmou que a escolha de Salvador foi feita após muito empenho da prefeitura. “Sem dúvida foi um trabalho árduo da equipe da prefeitura porque nós só herdamos essas piscinas do legado olímpico”, explicou. 

Parceria Devido a uma parceria firmada entre a prefeitura e a Federação Baiana de Desportos Aquáticos, cerca de 2,5 mil crianças e adolescentes serão beneficiadas anualmente pelo centro aquático. Além disso, outras faixas etárias serão atendidas – especialmente a idade – em aulas complementares, como hidroginástica. “Queremos fazer com que crianças, adolescentes e profissionais tenham a oportunidade”, pontuou o secretário Geraldo Júnior. 

Medalhista olímpico nos Jogos de Sydney (2000), o nadador Edvaldo Valério comemorou a novidade. “É um momento de felicidade saber a importância desse equipamento para a cidade, que estava sofrendo desde que a antiga Fonte Nova foi demolida e os esportes aquáticos ficaram reféns de um equipamento como esse. Essa piscina foi um equipamento muito pleiteado”. 

As obras de instalação da piscina serão divididas em duas etapas. A primeira, que já começou, inclui os serviços de terraplanagem, casa de máquinas, revestimento e montagem da piscina e instalação de equipamentos. Já a segunda fase, que terá início a partir do dia 15 e dezembro, vai incluir a construção de arquibancadas, vestiários e serviços de macrodrenagem, urbanização e iluminação.