Com Zanetti, seleção masculina de ginástica é definida para o Pan

Arthur Nory, medalhista bronze no Rio-2016 e acusado de racismo também integra a equipe

Publicado em 19 de julho de 2019 às 14:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/CBG

A seleção brasileira masculina de ginástica artística foi definida para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Lima, que começam no próximo dia 26, no Peru. Com destaque principal para a presença de Arthur Zanetti, campeão olímpico na prova das argolas em Londres-2012, a equipe nacional também contará com Arthur Nory, Caio Souza, Francisco Barreto Júnior e Luís Porto.

Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Zanetti lutará para conquistar o seu quinto pódio em um Pan. Em seu histórico de participações na competição, o brasileiro faturou um ouro em Toronto-2015 e uma prata em Guadalajara-2011 em disputas individuais, sendo que na disputa por equipes o ginasta também obteve uma medalha dourada neste evento realizado há oito anos em solo mexicano e uma outra prateada alcançada na edição passada do evento, no Canadá.

Ao divulgar estes convocados para o Pan, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) destacou, em nota publicada em seu site oficial, que a equipe nacional tem a expectativa de avançar "ao maior número de finais possíveis" em Lima. 

"O primeiro desafio deste time foi a definição dos nomes, pois oito atletas buscavam uma das cinco vagas. A nossa expectativa no Pan será a de conquistar o maior número de presenças em finais", afirmou Marcos Goto, um dos treinadores da seleção masculina, que também destacou o fato de que Zanetti estará escalado para participar também das provas do solo e do salto, e não apenas das argolas, que é a sua especialidade.

"O Zanetti vem trabalhando com o objetivo de ajudar a equipe em mais aparelhos, tornando o time mais competitivo. Seus resultados estão sendo positivos no cenário internacional", reforçou Goto, que ainda lembrou que os Jogos Pan-Americanos em Lima servirão como preparação para o Mundial de Stuttgart, que ocorrerá em outubro, na Alemanha, e é a principal prioridade da ginástica brasileira nesta temporada. "O Pan integra o nosso calendário como uma competição muito importante. Além do peso da própria competição, será um momento em que podemos testar a equipe e fazer ajustes até o Mundial", finalizou o treinador.A estreia da ginástica masculina do Brasil no Pan ocorrerá no próximo dia 28, quando será realizada a competição por equipes, sendo que as eliminatórias e as finais ocorrerão nesta mesma data. No dia 29 acontecerá a prova do individual geral e em 30 e 31 de julho as finais por aparelho: solo, cavalo com alças e argolas no primeiro destes dias e depois salto, paralelas e barra fixa no segundo.

Cristiano Albino e Ricardo Yokoyama também foram confirmados como outros técnicos da equipe brasileira, cujas convocadas da seleção feminina haviam sido anunciadas na última quarta-feira (17). São elas: Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Thaís Fidélis, Carolyne Mercer Pedro e Lorrane Oliveira. E os treinadores da equipe feminina serão Valeri Liukin, Francisco Porath Neto e Iryna Ilyashenko.

Caso de racismo A ginástica olímpica brasileira viveu um dia histórico na final do solo no Rio-2016. Diego Hypólito e Arthur Nory conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente.

Enquanto Nory subia no pódio olímpico, na internet o público se dividia entre manifestações de felicitação e de repúdio a um suposto passado racista do ginasta, à época com 22 anos.

O motivo da revolta era um vídeo onde vários atletas tiravam sarro e faziam piadas de cunho racial contra o ginasta Ângelo Assunção, que é negro.

"O saco do supermercado é branco, o de lixo é preto por quê?", perguntava Arthur Nory em publicação veiculada em uma de suas redes sociais. Ele estava acompanhado dos também ginastas Felipe Arawaka e Henrique Flores. O caso aconteceu em 2015, foi a julgamento em 2016 pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva e acabou arquivado.