Começou a votação da final do Afro Fashion Day; conheça modelos

Os seis mais votados no Tik Tok vão desfilar na passarela mais negra do Brasil

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  • Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2020 às 05:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Acervo Pessoal

 A largada para as finais do Afro Fashion Day foi dada. Doze candidatas e candidatos concorrem para as seis vagas de modelos não profissionais da passarela mais negra do Brasil este ano, que terá uma edição especial em 20 de Novembro. Um total de 177 participantes tentaram chegar às finais nos três dias de inscrição pelas hashtags #SeletivaAFD e #PassarelaChallenge no Tik Tok.

O aplicativo chinês, que começou a fazer sucesso durante o período de isolamento social, segue como um parceiro inseparável do AFD 2020: é por lá que o público vai decidir os seis vencedores dessa edição. Todo mundo pode votar, a partir desta segunda (12). Basta ir até o perfil do CORREIO no app, assistir aos vídeos e curtir os favoritos. A ideia é que o público vote nos seus seis candidatos preferidos - afinal de contas, são seis as vagas na passarela. A votação segue até quarta (14). 

Todo esse procedimento virtual tem um motivo, que você já deve imaginar. Isso mesmo: a pandemia do coronavírus e a necessidade de preservar o máximo de distanciamento social possível. Gerente de projetos especiais do CORREIO, Danilo Bittencourt conta que foi um grande desafio pensar em um novo formato para o Afro Fashion Day. 

Mas a pandemia obrigou a equipe organizadora a remodelar o formato. Segundo Danilo, foram meses de pesquisa. Analisando o que era tendência em passarelas mundo afora, a equipo do Afro percebeu que o mais comum era uma receita básica: modelos confinados por um tempo em algum local e desfiles transmitidos por plataformas como YouTube.

Numa dessas reuniões, surgiu a ideia de utilizar o Tik Tok para realizar o processo seletivo: uma primeira fase com os modelos desfilando no modelo Passarela Challenge e a segunda com votação popular medida pelos likes do público em cada vídeo. “Achamos que ficou um formato acertado. Ficamos na expectativa de dar certo e o retorno foi positivo. Vimos que boa parte dos candidatos sequer tinha o Tik Tok e se cadastrou para concorrer no Afro. Foi um bom sinal para nós”, analisa Danilo.

O evento costuma acontecer em locais abertos, com a maior acessibilidade possível ao público e modelos. No ano passado, por exemplo, foi realizado no Terreiro de Jesus, com os casarões do  Centro Histórico servindo de molduras para a homenagem aos blocos afro. 

Mas a pandemia obrigou a equipe organizadora a remodelar o formato. Segundo Danilo, foram meses de pesquisa. Analisando o que era tendência em passarelas mundo afora, a equipo do Afro percebeu que o mais comum era uma receita básica: modelos confinados por um tempo em algum local e desfiles transmitidos por plataformas como YouTube.

Numa dessas reuniões surgiu a ideia de utilizar o Tik Tok para realizar o processo seletivo: uma primeira fase com os modelos desfilando no modelo Passarela Challenge e a segunda com votação popular medida pelos likes do público em cada vídeo. “Achamos que ficou um formato acertado. Ficamos na expectativa de dar certo e o retorno foi positivo. Vimos que boa parte dos candidatos sequer tinha o Tik Tok e se cadastrou para concorrer no Afro. Foi um bom sinal para nós”, analisa Danilo.

O Tik Tok é uma plataforma de sucesso no mundo todo. A rede social criada pelo ByteDance tem mais de 2 bilhões de downloads e está à frente de aplicativos como Facebook e WhatsApp na lista de mais baixados.

O sucesso do TikTok já fez, inclusive, a empresa de Mark Zuckerberg cogitar sua compra, logo refutada pelos chineses que não pretendem se desfazer do app. O Facebook, por sua vez, já testa aplicativos para fazer frente ao TikTok, copiando seu formato.

A final do Afro Fashion Day está bem diversa: o candidato mais jovem tem 16 anos enquanto a mais velha tem 24. Na fase anterior, usaram e abusaram de talento e criatividade para conquistar os jurados do CORREIO, que fez a primeira seleção e agora deixa nas mãos do público a escolha dos seis vencedores.

Conheça os 12 finalistas

Adilson Silva, 18 | @adilsonsilva620  O garoto do bairro de Fazenda Grande II realizou um sonho no ano passado: pisar na passarela do Afro Fashion Day e agora retornou para tentar repetir a dose. O evento sempre foi um alvo da carreira de Adilson porque foi lá que viu sua identidade preta reafirmada, viva, pulsante. Desinibido, gosta de ser fotografado e de se dedicar ao grande sonho: ser um modelo de sucesso.   Adilson conta que já pisou na passarela do Afro e foi a realização de um sonho (Foto: Acervo Pessoal) Caio Celi, 21  | @caioceeli  Morador do bairro de Cajazeiras, Caio gosta da correria e chegou à final do Afro Fashion Day após uma tentativa frustrada -mas que não desanimou- na seletiva de bairros da última edição. Em 2020, conseguiu alçar voos mais altos e, com seu gosto por canto, corrida e escrita, quer chegar ainda mais longe. Caio chegou à final do Afro Fashion Day na segunda tentativa (Foto: Acervo Pessoal) Deivid Silva, 19 | @deividcrioulo Na sua terceira participação no Afro Fashion Day, Deivid conta que tem alguns objetivos: curtir o momento e representar a sua linda Suburbana. O garoto de 19 é ator e bailarino. Diz que já fez alguns trabalhos na área, mas pondera dizendo que não foi nada sério. O Afro Fashion Day é uma chance de dar essa seriedade, portanto, e ele, cria de Plataforma, está muito feliz com isso.  Deivid é morador de Plataforma e concorre pela terceira vez (Foto: Acervo Pessoal) Ednei William, 17 | @edneiwilliam Antes de qualquer coisa, Ednei é filho de dona Rosângela Morais. Aos 17 anos, é studante, ator, modelo, poeta, amante de projetos sociais e exnerga a moda como um agente de transformação e quebra de tabus. Até por isso usa um companheiro fiel em seus trabalhos: o salto. Alto. Morador do bairro do Trobogy, está no Afro pela segunda vez e já tentou vencer em três oportunidades no total. Para 2020, tem fé e axé nos amigos e na mamãe Rosângela que a sorte vai se virar pra ele. Ednei William e seu salto da fechação chegam à terceira tentativa e segunda final do Afro Fashion Day (Foto: Acervo Pessoal) Jeferson Oliveira, 22 | @iamjhef1  Jeferson é ativo pela própria natureza e conta que uma das coisas que mais gosta de fazer na vida é ajudar o próximo. Some-se isso à dança, atividades físicas, um rolé com os amigos, a arte e o gosto por estar sempre aprendendo e pronto: está preparada a fórmula que descreve o rapaz. Morador do Nordeste de Amaralina, foi semifinalista da última edição.   Jeferson se define como uma pessoa que gosta de estar sempre em movimento (Foto: Acervo Pessoal) Rafael Araújo, 16 | @rafarraujo Estudante e criador de conteúdo de moda, Rafael Araújo é o finalista mais jovem entre os 12 que chegaram até esta fase e tenta uma chance no Afro Fashion Day pela primeira vez, apesar de já ter esse desejo há um tempinho. Gosta muito de se vestir e se expressar através disso: em suas roupas, vai mostrando como é e sendo como pode - como um bom (e novo) baiano. Rafa é o caçulinha da final do Afro Fashion Day (Foto: Acervo Pessoal) Ayala Guimarães, 24 | @4yala  Enquanto Rafael está de um lado como o caçulinha da turma de finalistas, Ayala é a mais experiente da turma com seus 24 anos de vida. Desde os 15 anos, a moça da Boca do Rio vive o mundo artístico - muito influenciada pelo pai, músico, que sempre deu incentivo para que se deixasse morder pelo bichinho da arte. Dançarina profissional, participou da primeira edição do Afro Fashion Day.   Mais experiente da turma, Ayala tem arte no DNA (Foto: Acervo Pessoal) Katarine Cardoso, 18 | @katarine.cardoso  Aos 18 anos, Katarine (que prefere ser chamada de Kaká) é a atual Miss Bahia Juvenil e Garota Black Atitude - títulos que a modelo conquistou no último ano de 2019. Dona de palavras fortes, diz que o impossível é algo muito pequeno para uma mulher de 1,75m. Tira essa boa ousadia da criação: filha de mãe solteira, foi ensinada desde cedo que ninguém pode impedi-la de sonhar. E, muito menos, impedir de buscar o seu sonho de ser modelo.   Katarina, ou Kaká, é a atual Miss Bahia Juvenil (Foto: Acervo Pessoal) Elisabete Leal, 20  | @beteleal4 Além de modelo, Elisabete é trancista e tem seu objetivo bem definido: ser uma das seis selecionadas no Afro Fashion Day e mostrar para sua comunidade que o seu lugar é onde quiser, incentivando outros e outras jovens negras, de periferia, assim como ela - que garante estar chegando com tudo.   Trancista, Elisabete enxerga no Afro Fashion Day uma porta de inspiração para a galera do Bairro da Paz (Foto: Acervo Pessoal) Vanessa Barbosa, 23 anos | @vanessabarbosa_7  Moradora do bairro do Curuzu, é formada em design de moda e se diz uma apaixonada por tudo que a área engloba. Já participou de outras seletivas do Afro, mas esta é a vez em que chegou mais longe: e está confiante que vai desfilar na passarela mais preta do Brasil.   Moradora do Curuzu, Vanessa é uma apaixonada pela moda (Foto: Acervo Pessoal) Vitória Carmo, 18  | @carmo526  Aos 18 anos, Vitória ingressou no mundo da moda há 3 e hoje trabalha como modelo comercial. Em 2018, concorreu no Afro Fashion Day pela primeira vez e diz que foi a realização de um sonho - que ainda não acabou. Ela é a única finalista que não representa a capital baiana: moradora do bairro da Ilha de São João, em Simões Filho, ama desfilar - algo que classifica como encantador e ama fazer. Moradora da Ilha de São João, Vitória concorre no Afro pela segunda vez (Foto: Acervo Pessoal) Thalia Neres, 17  | @thalianeres1 Alegria, determinação, foco nos sonhos e nos objetivos. Thalia diz que é uma menina que gosta de pensar em todos que estão ao seu redor e é a essa galera que ela agradece por tudo que conquista. Moradora do Jardim das Margaridas, gosta de tudo que envolve arte, modelar, fotografar e atuar. Também há um espacinho em seu coração para passeios, viagens e o mundo dos livros. Concorreu no Afro Fashion Day outras duas vezes e agora chega até à final: com o foco no objetivo de desfilar na passarela mais negra do Brasil. Apaixonada por livros e viagens: Thalia quer contar sua história e embarcar na passarela mais negra do Brasil (Foto: Acervo Pessoal)