Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Associação Internacional de Boxe enfrenta resistência do COI por conta de ligações do presidente com o crime e falta de transparência
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2018 às 18:30
- Atualizado há um ano
O Comitê Olímpico Internacional (COI) planeja organizar as competições de boxe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2020, sem a participação da Associação Internacional de Boxe (Aiba, na sigla em inglês).
"Não queremos que os atletas sejam punidos por mau comportamento de oficiais ou organizações", disse o alemão Thomas Bach, presidente do COI. "Qualquer que seja a decisão, faremos o nosso melhor esforço para dar aos boxeadores uma oportunidade de continuar seu sonho de participar dos Jogos Olímpicos".
Tudo por causa da eleição do usbeque Gafur Rakhimov para a presidência da Aiba. O empresário é acusado de ter ligações com o tráfico de armas e de heroína. Nos Estados Unidos, o comércio está proibido de fazer qualquer negócio com as empresas de Rakhimov.
Há um ano, o COI, por intermédio de Thomas Bach, ameaçou retirar o boxe do programa da Olimpíada de Tóquio. Além da presença de Rakhimov, o dirigente também apontou outros problemas existentes na Aiba.
"Em primeiro lugar, a questão com a Aiba não é apenas sobre a eleição desta pessoa como presidente. Nós temos sérias preocupações por mais de um ano em relação à direção geral da Aiba, no que diz respeito ao seu programa antidoping e às suas finanças", afirmou Bach, em Roma, onde participa de reuniões.
O COI exigiu que a Aiba apresente nos próximos dias um relatório sobre "o que eles pensam e o que fizeram para resolver esses problemas". O comitê tomará o caso da Aiba em uma reunião do conselho em Tóquio no próximo mês.