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Polícia Federal da Bahia também irá atuar no dia da prova para evitar trapaça
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2017 às 05:00
- Atualizado há um ano
A suspeita de fraude no concurso para servidor técnico-administrativo da Universidade Federal da Bahia (Ufba) será investigada pelo Ministério Púbico Federal da Bahia (MPF-BA) e pela Polícia Federal da Bahia (PF-BA).
O MPF-BA e a Polícia Civil da Paraíba - que investiga uma quadrilha que planejava fraudar a prova da seleção pública na Bahia - pediram que a Polícia Federal abrisse um inquérito policial para apurar a denúncia. A PF-BA também irá atuar no próximo domingo (29), durante o concurso, a fim de evitar qualquer tipo de trapaça.
A representação acusando a fraude no concurso foi distribuída, no MPF-BA, para o 4º Ofício Criminal, sob atuação do procurador Oliveiros Guanais, na área criminal. À frente do processo, Guanais requisitou a instauração de inquérito policial pela PF-BA e a distribuição do processo também para a área cível do MPF-BA.
Além de ser o responsável pela investigação da fraude, o procurador fará a análise das provas e do pedido de acompanhamento da Polícia Federal. Ficará a cargo de Guanais, ainda, solicitar a responsabilização dos investigados na Justiça.
Já o procurador da área cível ficará responsável por avaliar a necessidade de adiamento ou cancelamento do concurso. Caso seja necessário, os procedimentos serão implantados através da abertura de uma ação civil pública em caráter liminar na Justiça Federal.
A Polícia Federal da Bahia afirmou que não informa ou confirma investigações, para não atrapalhar a ação. Não foram informados quantos policiais atuarão no concurso da Ufba, tampouco as estratégias que serão utilizadas.
Procurada pelo CORREIO, a Ufba afirmou que a prova continua mantida para o próximo domingo (29).
Análise de contas bancárias Segundo o delegado Lucas Sá, da Paraíba, conversas apontam que desde março os suspeitos aguardavam a abertura de inscrições do concurso na Bahia para inscrever os falsos candidatos e manter o esquema.
Além dos diálogos no WhatsApp, a polícia também deve fazer uma análise das contas bancárias dos suspeitos. "A gente tem como checar as informações maio a outubro, principalmente quando a gente analisar a parte bancária, já que as contas continuam sendo utilizadas", explica.
Para o próximo domingo, o delegado acredita que a quadrilha vai desistir de cometer a fraude, já que agora já foi divulgado que a polícia está fazendo uma investigação sobre o caso. "A segunda possibilidade é que, mesmo sabendo que a polícia está atuando, eles acreditem na impunidade, porque muitos se inscrevem com documentos falsos. A gente espera que com ajuda da organizadora, a gente consiga prender essas pessoas", comentou Lucas Sá.