Condenado por estuprar 37, Abdelmassih volta à prisão domiciliar

Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 mulheres, ganhou o direito de retornar à prisão domiciliar. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou o pedido de habeas corpus do ex-médico de 73 anos.

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  • Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2017 às 18:20

- Atualizado há um ano

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O ex-médico Roger Abdelmassih, a caminho da penitenciária de Tremembé, no fim de 2016 (Foto: Agência Brasil) Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 mulheres, ganhou o direito de retornar à prisão domiciliar. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou o pedido de habeas corpus do ex-médico de 73 anos. Enviada à imprensa pela defesa do criminoso, a decisão saiu no início da tarde deste domingo, 13, mesma data em que o pedido foi protocolado pelos advogados Antonio Celso Galdino Fraga e João Marcos Vilela Leite. A assessoria de imprensa do TJ-SP não foi encontrada para confirmar a decisão.

Na sexta-feira (11), Abdelmassih havia perdido o direito à prisão domiciliar devido à falta de tornozeleiras eletrônicas em São Paulo, de acordo com decisão da juíza Sueli Zeraik Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais, de Taubaté (SP). O contrato com a empresa que fornecia o equipamento foi rompido na quarta (9), pelo governo do estado. No despacho emitido neste domingo, o desembargador plantonista Ronaldo Sérgio Moreira da Silva afirma que o condenado não pode ser "penalizado" por uma "deficiência ou falha estrutural do estado de São Paulo". "Os fatos indicam que não houve descumprimento das condições estabelecidas na decisão que lhe concedeu prisão domiciliar, em virtude do seu grave estado de saúde - daí o caráter humanitário da medida -, de modo que, ao menos à primeira vista, parece constituir contrassenso ser penalizado em defluência de situação não criada por ele", escreveu.

Com a decisão, o ex-médico só poderá sair de casa para realizar tratamento médico e hospitalar ou com prévia autorização judicial. Desde segunda-feira, ele está internado no Hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, para tratar uma infecção bacteriana identificada no sistema urinário. Segundo a defesa, a permanência do ex-médico no hospital é "imprescindível".