Condenados por incêndio na Boate Kiss se apresentam à Justiça e são presos

Decisão de Luiz Fux derrubou habeas corpus preventivo que impediu prisão imediata

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  • Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 13:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/TJRS

Todos os quatro homens condenados no julgamento do incêndio da Boate Kiss na última sexta-feira (10) já se entregaram à Justiça nesta quarta (15). Eles foram encaminhados para o sistema penitenciário após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),  ministro Luiz Fux, derrubar um habeas corpus preventivo dos réus.

Os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão foram condenados no julgamento do incêndio que aconteceu em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, sentenciados pelo juiz Orlando Faccini Neto. Marcelo e Elissandro já haviam se apresentado à Justiça logo após a decisão de Fux.

Luciano e Marcelo foram encaminhados para o presídio estadual de São Vicente do Sul, a 90km de Santa Maria. Elissandro está no Complexo Penitenciário de Canoas (RS), enquanto Mauro Hoffmann foi levado para a unidade prisional de Tijucas, em Santa Catarina.

Antes de se entregar à Justiça, Luciano, ajudante da banda, ainda publicou vídeo em seu Instagram. Ele afirma que iria se entregar e agradece pelo apoio dos internautas que acharam injusta a sua penalização.

As condenações valeriam a partir de seu anúncio, mas um habeas corpus preventivo, concedido pelo desembargador Manuel José Martinez Lucas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), a um dos réus impedia o cumprimento imediato das penas, que variam de 22 a 18 anos de reclusão.Elissandro Callegaro Spohr: 22 anos e 6 meses de reclusão Mauro Londero Hoffmann: 19 anos e 6 meses de reclusão Marcelo de Jesus dos Santos: 18 anos de reclusão Luciano Bonilha Leão: 18 anos de reclusão O desastre, que matou 242 pessoas e deixou 636 feridas, começou após um show pirotécnico no palco onde se apresentava a banda Gurizada Fandangueira. Um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo, e as chamas se alastraram.