Congresso da Ufba começa hoje com mais de 3 mil trabalhos inscritos

Abertura no Teatro Castro Alves terá homenagem ao mestre Moa do Katendê

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 06:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: Evandro Veiga/CORREIO

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) inicia nesta terça-feira (16) a terceira edição do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da Ufba. São cerca de 150 mesas de debate que vão apresentar 3.200 trabalhos em mais 120 espaços. Estão previstas ainda mais de 90 intervenções artísticas, sendo que várias atividades acontecem de forma simultânea.

A abertura acontece às 18h, com uma homenagem ao mestre de capoeira Moa do Katendê, morto durante uma discussão política no último dia 7. Em seguida, o professor Muniz Sodré ministra a palestra intitulada “Instituições Públicas na defesa da cultura e produção do conhecimento”, no Teatro Castro Alves (TCA).

A primeira edição do congresso, em 2016, homenageou o aniversário de 70 anos da universidade. Neste ano, o chamariz também é uma data simbólica: os 50 anos da pós-graduação na instituição. Em 1968, começaram os primeiros mestrados da universidade, nas áreas de Ciências Humanas e Química. Outros quatro cursos também foram previstos para iniciar naquele ano, o que não aconteceu por dificuldade na formação de turmas.

O cenário daquela época é bem diferente do que é visto hoje em dia: são 128 cursos de pós-graduação, entre mestrados acadêmicos, profissionais e doutorado, totalizando 7.045 alunos matriculados nessa modalidade.

Para João Carlos Salles, o Congresso da Ufba acontece para mostrar à população que a universidade pública é um investimento necessário para o futuro de um país que almeja ser independente. Ainda segundo ele, a sociedade brasileira como um todo precisa entender que instituições públicas de ensino são investimentos a longo prazo e que são responsáveis por quase toda a pesquisa existente no país.

Parceria Durante o congresso, o reitor vai assinar um Termo de Cooperação Técnica junto à Secretaria estadual de Políticas para as Mulheres (SPM-BA). O CORREIO teve acesso ao documento que prevê medidas que vão “apoiar e promover o combate à violência contra as mulheres por meio de realização de campanhas de sensibilização da sociedade, sobretudo da comunidade científica”.

Segundo a professora Suani Tavares, chefe de gabinete da Reitoria, a assinatura do termo prevê apoio a ações como “Respeita as Mina” - campanha de conscientização elaborada pela pasta e que já contou até com trio elétrico no Carnaval -, além de medidas mais específicas como o incentivo para inserção e manutenção de mulheres no meio científico.

Oficinas Além dos debates e atrações artísticas, o Congresso da Ufba terá uma série de oficinas abertas ao público. Como de costume, os temas são os mais diversos possíveis.

Por exemplo, na Faculdade de Comunicação (Facom) a professora Regina Gomes ministra uma oficina de crítica cinematográfica. No mesmo dia acontece uma oficina de robótica para iniciantes e outra de teatro. Em outro local, tem oficina de yoga e muitas outras atividades. Confira a programação completa logo abaixo:

*com supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro