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Fernanda Varela
Publicado em 16 de maio de 2017 às 14:56
- Atualizado há 2 anos
Os anos passaram, mas Arthur continua torcedor do Bahia (Foto: Reprodução/Twitter)É comum conhecer pessoas que encontraram um grande amor no trabalho, no ônibus, na praia ou até mesmo em um estádio de futebol. A história de Arthur Cosme não se parece com nenhuma dessas que você já ouviu. O gaúcho nascido em Rio Grande, que hoje tem 15 anos, foi precoce e, aos 3 anos, abriu um álbum de figurinha e se apaixonou.
O amor de Arthur tem nome, três cores e carrega duas estrelas no peito: Esporte Clube Bahia. A mãe, Danielle Cosme, que acompanhou o início dessa relação inesperada, procurou explicação, mas não encontrou.
“Toda família sempre gostou muito de futebol. O pai dele, meu ex-marido, foi jogador da base do Grêmio, então ele e o irmão João Pedro nasceram em meio ao futebol, mas sempre ligados ao Grêmio, já que toda a minha família torce para o Grêmio. Como tenho um filho mais velho, eu sempre comprava os álbuns do Campeonato Brasileiro pra ele. Um dia, quando tinha uns três ou quatro anos, Arthur encontrou o álbum de 2001, ano que ele nasceu, e ficou encantado. Ali surgiu a paixão dele pelo Bahia”, conta Danielle, que tornou a história pública ao compartilhar no Twitter três fotos do filho em idades distintas, todas com a camisa do Bahia.
“Tudo na vida dele tinha que ter as cores do Bahia. Ele desenhava o escudo no caderninho. Enquanto o irmão gostava de Batman, ele só gostava do Capitão América, porque tinha as cores do Bahia. A gente achava engraçado e dizia: 'guri, tu nunca saiu do Rio Grande do Sul, nunca pisou na Bahia'. Não tem explicação. Não tem ninguém na família que é Bahia, ele não ganhou nenhum presente, ninguém influenciou. Ele manteve o amor pelo Grêmio, torce até hoje, mas o amor pelo Bahia é uma coisa que nasceu com ele. Uma vez a tia deu um casaco a ele e teve que trocar, porque não tinha as cores do clube”, completa ela, em entrevista ao CORREIO.
A primeira camisa do tricolor baiano que Arthur ganhou foi um presente do tio, que precisou ir até Brasília para encontrar o presente que o sobrinho queria. “Meu irmão foi em Brasília e comprou uma camisa, mas só tinha de adulto. Batia no tornozelo de Arthur e ele passava o dia com aquela camisa. É a camisa que ele usa até hoje. Ele sempre usa, assiste os jogos. Quando o Bahia enfrenta o Grêmio, ele diz que vai torcer pelo empate”, revela a mãe, que é torcedora do tricolor gaúcho.
Leia também: Bahia convida e garoto Arthur assistirá à final da Copa do NordesteArthur pouco lembra da sua época de infância, mas recorda com carinho de quando teve o primeiro encontro com o Bahia, nas páginas do álbum. “Comecei a gostar do Bahia quando era pequeno. Ficava desenhando o emblema de vários clubes e o do Bahia era e ainda é o meu favorito. Desde então, comecei a gostar muito. Em jogos de videogame de futebol, eu sempre jogo com o Bahia. Até hoje tenho a camisa que ganhei quando era menor. Sempre procuro saber as notícias, como está no Brasileiro”, conta Arthur, que tem o sonho de ver o Esquadrão em campo. “Seria algo muito único pra mim e que, com certeza, eu nunca ia me esquecer”.
O sonho de Arthur já tem data para se tornar realidade: 24 de maio de 2017. Após tomar conhecimento da história, o Bahia convidou o garoto para a final da Copa do Nordeste, contra o Sport, na Fonte Nova. Ele, que é de São Leopoldo, na região metropolitana da capital gaúcha, virá a Salvador pela primeira vez, com a mãe.