Conheça Gabriel Leal, promessa do surfe baiano aos 13 anos

Jovem já desponta no cenário estadual e fará temporada na Indonésia para aprimorar talento

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 14 de maio de 2022 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Orlando Rodrigues/Divulgação

Quatro anos. Essa era a idade que Gabriel Leal tinha quando descobriu o surfe. Naquela época, claro, era tudo uma simples diversão - a missão consistia apenas em subir em uma prancha e ser empurrado pela onda. Mas, pouco menos de 10 anos depois, a brincadeira se tornou papo sério e virou carreira para o jovem atleta.

Aos 13 anos, Gabriel é visto como uma promessa do surfe local. Ocupa a 2ª colocação nas categorias sub-14 e sub-16 do circuito baiano, além de um 4º lugar no sub-18. Com os bons números no esporte, ele se prepara para trocar a região de Praia do Forte, onde mora, por um desafio do outro lado do planeta: a Indonésia.

Fã do brasileiro Filipe Toledo - atual líder do ranking do Circuito Mundial - e do americano John John Florence, o baiano passará um período de cinco meses no país asiático, ao lado dos pais, Alexandre e Gerusa, e da irmã, Júlia, de 7 anos."Vou treinar tubos, aéreos, manobras progressivas. Lá, as ondas são perfeitas, todos os dias o mar está liso. É como se fosse uma piscina de ondas. Também vou participar de algumas competições. Será um sonho", comemora Gabriel.A viagem faz parte do planejamento da carreira do atleta, que já fez outras viagens para a Indonésia, além de já ter surfado em El Salvador e em outros picos pelo Brasil. E não vai parar por aí: em janeiro de 2023, haverá uma nova temporada, dessa vez no Havaí, nos Estados Unidos. 

"A hora de investir nele é agora. Depois, quando mais velho, fica um pouco mais difícil corrigir certas coisas. Lá, ele vai poder se dedicar ao máximo, em um lugar ideal. A meta é chegar ao Circuito Mundial de Surfe", diz o pai do surfista, o empresário Alexandre Leal. Gabriel e o pai, Alexandre (Foto: Orlando Rodrigues/Divulgação) Além de grande incentivador, é ele o responsável pelos treinamentos do filho. "Eu vou com o equipamento, filmo. Depois, mostro para ele, a gente discute, vê o que pode melhorar, o que ele errou".

Alexandre, aliás, também surfa. Começou aos 15 anos e, aos 17, passou a competir. Apaixonado pelo esporte, apresentou as ondas ao filho aos 4 anos. Mas foi quando Gabriel tinha 6 que o empresário percebeu que, ali, havia um talento promissor.

Acidente e desistência A carreira de Gabriel no surfe passou por um percalço. Aos 7 anos, ele sofreu um acidente, e a prancha bateu em um olho. Assustado, não quis mais surfar. Trocou as ondas por algo bem diferente, o jiu jitsu. A vida nos tatames, porém, foi breve.

"Ele foi participar de uma competição, e tinha um menino pequeno que vencia todo mundo. Ele batia em todos - e esses saíam chorando. Gabriel me implorou para deixar o torneio, e me disse que voltaria a surfar. E assim foi", lembra Alexandre.

Aos 9 anos, o pequeno começou a participar de alguns campeonatos de surfe. "Gostei bastante daquilo e, aos 10, decidi que era algo que eu queria para minha vida". No ano passado, Gabriel foi o campeão do circuito Power Kids, na categoria sub-14.

Atualmente, a rotina é corrida, revezando entre o surfe, treino funcional, aulas de inglês, fisioterapia e a escola. Aliás, nada de largar os estudos: eles seguirão na temporada na Indonésia, à distância. Lá, o menino também terá uma nova missão: ensinar a irmã, Júlia, a surfar. "Ela está começando agora, e Gabriel será o professor", garante Alexandre.