Conseguiu cortar as despesas? Agora é manter o fôlego e reforçar a disciplina

Por Edísio Freire

Publicado em 11 de junho de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Edisio, finalmente consegui fechar a conta do meu orçamento. Como manter esse fôlego financeiro daqui pra frente? Antônio Assis

Olá Antônio. Excelente notícia, você conseguiu um avanço importante na busca da independência financeira. E lhe diria mais, você cumpriu a etapa mais difícil desse processo. A partir de agora é se concentrar nas suas metas e objetivos para não perder o foco, reforçando diariamente a sua disciplina, alimentando seus objetivos para não sair do planejamento. Com as contas fechadas, o caminho agora é começar a poupar, guardar parte do que ganha para aumentar seu patrimônio e poder realizar seus projetos. Continue monitorando seus gastos mensais e com a mesma determinação que fez você equilibrar o orçamento se esforce para guardar um pouco cada mês, não importa o valor.

Como me planejar financeiramente para morar sozinho? Anônimo

Olá Anônimo. Para morar sozinho é fundamental saber qual será sua estrutura de gasto nesse novo cenário. O primeiro passo é definir onde irá morar, qual o gasto com aluguel, condomínio, energia, transporte, alimentação, serviços de limpeza, dentre outros, e montar um orçamento com os valores para que possa ter uma ideia de quanto irá aumentar suas despesas mensais. Se identificar que não vai ser possível pagar todas essas despesas, repense um pouco e se programe melhor para tomar essa decisão em outro momento, porque se forçar na esperança que as coisas irão se ajustar, você poderá estar iniciando um longo ciclo de endividamento.

Qual a melhor opção para trocar o carro no momento? Um consórcio ou financiamento? Gabriel Almeida

Olá Gabriel. Na hora de escolher um financiamento é sempre melhor aquele que oferece um juro menor, contudo, quando a decisão é escolher entre um consórcio ou um financiamento, outros fatores devem ser considerados. Não resta dúvida que o consórcio tem um custo financeiro menor, mas só se for usado no curto prazo. Não vale a pena contratar um consórcio e esperar ser contemplado por sorteio e ficar até o final. Mas se houver um planejamento e com o valor que daria de entrada no financiamento usar para o lance no consórcio, certamente fará um bom negócio. O que deve ser observado é que no consórcio será necessário pagar as parcelas independentemente da contemplação e o consequente recebimento do bem. No financiamento o bem é disponibilizado imediatamente, contudo, o custo financeiro é maior. É uma questão de avaliar qual a sua condição no momento e optar pela alternativa mais vantajosa do ponto de vista financeiro. Aproveitando esse tema, na hora de decidir não deixe de verificar as opções de financiamento sem juros oferecidos por algumas concessionárias, que funciona com uma entrada de 50% a 60% e o restante em parcelas sem juros. Se o valor disponível para entrada for nessa proporção, será mais interessante que o consórcio.

Edísio, gostaria de entender melhor como funciona o Custo Efetivo Total (CET)? Lorena Santos

Olá Lorena. O Custo Efetivo Total é, como o próprio nome diz, o quanto custou aquela operação em termos percentuais. Quando se faz um financiamento geralmente é apresentada a taxa de juros a ser cobrada, que é o que chamamos de taxa nominal. Ao financiar um veículo por exemplo, lhe é informado a taxa de juros mensais, essa é a taxa nominal. A taxa efetiva é aquela que equivale a um determinado período de capitalização, por exemplo, ao expressar a taxa de juros em um ano. Juros de 1% ao mês equivalem a 12,68% ao ano, essa é a taxa efetiva. Isso ocorre por causa da capitalização composta. E o Custo Efetivo Total (CEF) é exatamente a soma da taxa efetiva, e não a nominal, mais o IOF da operação, Taxa de abertura de crédito e outras despesas financeiras se houver, ou seja, é o percentual real de juros que estará pagando na operação.