Constanza Pascolato prevê que moda terá que se voltar para nichos

Consultora de moda participou do Segundou com Joca Guanaes e falou sobre depressão que teve

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  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2021 às 22:13

- Atualizado há um ano

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A empresária e consultora de moda Constanza Pascolato, 81 anos,foi a convidada de Jocfa Guanaes nesta segunda (15) no Segundou, no instagram do CORREIO. Constanza falou sobre como deve ser a indústria da moda no futuro pós-pandemia. "Não é assim: amanhã, estamos vacinados e vai tudo voltar a ser como era antes. Isso não existe mais. É como vivi na Segunda Guerra. A retomada não é rápida. Estamos vivendo uma guerra diferente daquela, mas que tem a mesma influência mental sobre as pessoas", comparou.

Para Constanza, a indústria da moda, em sua retomada, terá que que mudar sua visão do mercado, especialmente as empresas maiores. "As grandes empresas terão que se organizar e criar separações em nichos. O mercado terá que se importar mais com a diversidade e precisará atender alguns grupos, cada um à sua maneira. É hora de fazer isso, que já devia ter acontecido", ressaltou.

A consultora falou também sobre a sua relação com a vaidade e com a preocupação em estar sempre arrumada: "Quem me conhece sabe o quanto sou como meus pais. Eles eram de um cuidado consigo mesmo! Meu pai dizia sempre: arrume-se porque é uma questão de cortesia com você mesma e com os outros. Nunca esqueci isso. Aos 15 anos, eu andava arrumadinha, mas tipo modinha. Às vezes, eu dava uma relaxadinha e ele me dizia isso".

As redes sociais também foram assunto da conversa. "Como tudo, é muito bom e muito ruim. Eu vejo minha filha Consuelo [Consuelo Blocker, influenciadora com 420 mil seguidores no Instagram] e ela está bem economicamente, faz colaborações e tem gente que segue ela de um jeito fidelíssimo. A gente vê que as seguidoras se inspiram em Consuelo. A coisa vai permanecer e aos poucos a gente vai se adaptar às novas técnicas".

Constanza falou sobre seu otimismo e sobre como enfrentou uma depressão e dois cânceres. "A pior coisa que vivi na vida foi a depressão profunda. Eu tentava de qualquer jeito sair dela. Na época, não tinha esses medicamentos modernos, então eu tomava um remédio que me deixava 'baleada'. Continuei trabalhando e, quando dirigia, às vezes eu parava e dava uns gritos. Isso aconteceu por três anos. E sorte que saí, porque tem gente que não sai da depressão".