'Conversa Preta' leva protagonismo negro para a TV Bahia

Programa estreia segunda temporada neste sábado (2), após Vai que Cola

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  • Roberto Midlej

Publicado em 1 de outubro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: fotos: divulgação

O estado de maior população negra do Brasil tem que estar bem representado na tela. E é por isso que a TV Bahia neste saábado (2) a segunda temporada do programa Conversa Preta, em três episódios, que serão exibidos logo após o Vai que Cola. O segundo capítulo vai ao ar no sábado, 9, e o terceiro, em 4 de dezembro. 

O time de apresentadores é formado por Luana Assiz, Georgina Maynart, Luana Souza, Vanderson Nascimento, Aldri Anunciação, Müller Nunes, Tiago Reis e Lucas Almeida. O programa, que conta a história e as conquistas de pessoas negras, é dirigido por Mira Silva. "Percebemos que havia uma lacuna, porque estamos numa cidade preta e um estado preto. Havia uma demanda por mais representatividade preta na TV. Por isso, o projeto é construído por pessoas negras e conta a história de pessoas negras, suas conquistas", diz Mira.

Nos programas dos dias 2 e 9, os diálogos vão girar em torno da figura feminina. Entre as convidadas, estão a escritora Conceição Evaristo, a CEO da Wakanda Educação Empreendedora, Karine Santos, e a idealizadora da Escolinha Maria Felipa, a professora Bárbara Carine. Uma novidade desta temporada é o Troféu Conversa Preta, que será entregue a duas mulheres negras que tenham se destacado.

"É muito importante que a gente destaque o protagonismo feminismo negro nessa segunda temporada do Conversa Preta, uma vez que as mulheres são responsáveis pela construção da nossa sociedade. Estamos em Salvador, onde 53% da população é formada por mulheres e 54% dos domicílios são chefiados por elas. Falar desse assunto em um programa que discute a negritude, nossas conquistas e história só nos dá muita alegria, porque em tudo isso tem a mão da mulher preta”, afirma.

Segundo a diretora, o racismo também faz parte dos temas abordados no Conversa Preta, mas, para ela, é muito importante também falar sobre o protagonismo negro. "A gente traz a potência preta nas mais diversas áreas, como ciência, educação e audiovisual. Muitas vezes, um negro é convidado para participar de um programa na TV e logo pensam que o tema abordado será o racismo. Por isso, queremos mostrar esse outro lado", justifica Mira.