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Convocado por Tite, Fagner teve passagem relâmpago no Vitória


 

Lateral vestiu a camisa do Leão já como profissional, antes de defender o holandês PSV

  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 16/05/2018 às 05:00:00
Atualizado em 18/04/2023 às 10:13:04
. Crédito: Foto: Mauro Horita/Mowa Press

Um dos nomes mais comentados entre os 23 chamados pelo técnico Tite para disputar a Copa do Mundo de 2018, o lateral direito Fagner é também o único jogador que tem passagem pelo futebol baiano. Verdade que uma passagem relâmpago, mas foi.

O torcedor do Vitória pode não lembrar, mas o jogador que atualmente defende o Corinthians vestiu o vermelho e preto do Leão já como profissional, no início da carreira. Em 2007, Fagner, com apenas 17 anos, foi contratado pelo rubro-negro. O jogador havia chamado atenção após defender o Corinthians no Brasileirão de 2006 e a seleção brasileira no Sul-Americano sub-20 de 2007. Chegou ao Barradão em março, para um período de apenas três meses.

Na ocasião, o jogador tinha deixado o time paulista de maneira conturbada e acertado com o PSV, da Holanda. No entanto, ele era menor de idade e só jogaria na Europa no segundo semestre, quando a janela de transferências reabrisse. Acabou emprestado ao Vitória.

Jorginho Sampaio, que era presidente do clube na época, lembra do caso. “Ele era um jogador de um empresário famoso, o Giuliano Bertolucci, e ele me emprestou o jogador, não tinha renovado o contrato com o Corinthians. Na época Fagner ainda tinha idade de base, o corpo bem franzino, mas já mostrava muita qualidade técnica, jogava muito. Ele chegou a ser inscrito aqui, estava totalmente incorporado ao Vitória e treinava normalmente com o elenco profissional”, conta. Bertolucci havia intermediado a negociação do zagueiro David Luiz do Vitória para o Benfica, em janeiro daquele ano. Fagner ficou por três meses na Toca do Leão e não chegou a jogar (Foto: Evandro Veiga/ Arquivo CORREIO) Embora tenha treinado entre os profissionais, Fagner não disputou nenhum jogo pelo clube. Um dos motivos: Apodi. O velocista que hoje atua na Chapecoense era titular absoluto do técnico Givanildo de Oliveira. Alex Santos era o reserva.

Também não havia perspectiva dele ficar por mais tempo. “Já era combinado que, assim que se concretizassem as negociações lá no PSV, ele iria para a Holanda”, explica Sampaio.

Supervisor do Vitória na época e no cargo até hoje, Mário Silva também lembra da passagem de Fagner. “Realmente ele passou aqui por um período curto, treinou na Toca do Leão, mas não chegou a ser aproveitado no time principal”, comenta.

Fagner ficou no rubro-negro entre março e junho de 2007, quando completou 18 anos e, com a abertura da janela de transferências internacionais, foi para o PSV. Depois de uma temporada e meia no clube europeu, voltou ao Brasil em 2009 para defender o Vasco. Ainda passou pelo Wolfsburg, da Alemanha, antes de acertar com o Corinthians, time que defende desde 2014.

Daniel Alves Foi no clube paulista que Fagner ganhou o status atual. O lateral trabalhou com o técnico Tite e chegou a ser capitão do Corinthians com ele. A confiança no futebol rendeu ao jogador a convocação para a Copa do Mundo, após a lesão de Daniel Alves.

Aos 28 anos e de volta aos treinos após lesão, Fagner só não quer comparação com o baiano que joga no PSG. “A qualidade e a carreira do Daniel Alves não têm comparação, começamos por aí. Não tenho de ser Daniel Alves, tenho de ser Fagner”, avisou.