Copa ou copulação: se organizar direito, dá pra fazer os dois

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Publicado em 7 de julho de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Desde já reconheço, caro leitor ou bela leitora, que o conteúdo a ser exibido logo adiante neste texto deveria ter sido publicado antes do pontapé inicial na Rússia. Afinal de contas, de que vale passar dicas para alcançar o êxito numa relação afetuosa-copal, por assim dizer, quando o torneio da Fifa, infelizmente, já se encaminha para o seu desfecho?

Pelo sim, pelo não, trago aqui algumas palavras de sabedoria, pois ainda temos uma semaninha de Copa e, nada nada, as preciosas sugestões podem ser adaptadas para outras ocasiões – nunca é demais lembrar que ano que vem tem Copa América, com jogos em Salvador e tudo.

De antemão, esclareço que o parecer abaixo não foi elaborado por mim e, sim, por uma amiga, o que por si só já eleva a qualidade dos termos. A saber.  

Semana passada, quando tivemos o primeiro dia de Copa sem Copa, a moça arranjou um bom passatempo para amainar a crise de abstinência. Sabedora, entretanto, de que só a resenha é capaz de salvar o mundo, mandou uma mensagem para deixar bem claro qual era sua prioridade: “O crush saiu daqui de casa agora e eu tô pensando que ainda bem que nestas horas offline não perdi nenhum jogo da Copa”.

Quando foi informada de que sua pílula de sapiência seria usada na coluna, ela pegou o rebote de primeira: “O importante é manter o saldo de gols né?!”. Em seguida, iniciou o rápido workshop:

- Na real, eu tava organizando minha logística com ele ao redor dos jogos mesmo. Até porque, já entendi como funciona. A pessoa tem que arranjar um crush antes da Copa, porque durante a Copa fatalmente a gente dá uma embarangada: esquece a depilação, rói as unhas, bebe mais, fica inchada, aí já viu.

Dei trela, ela seguiu:

- Então, já tendo arranjado o crush no período pré-Copa (quase transcrevo pré-cópula), você pode ir ver os jogos sem o cara. Pode ser no bar, na rua ou na casa de algum amigo ou parente. Quando acabar a rodada, envia-se uma mensagem com algo como “Baby, alô! Tá tudo bem contigo?”. Em seguida, basta demonstrar certa tristeza pela eliminação de alguma nação-irmã. O consolo é certo.

O consolo é tão certo que, sábado passado, durante o grande embate entre França e Argentina, recebi um áudio complementar do mesmo oráculo - ou orácula (se o verbete não existe, deveria):

- Agora veja se não foi melhor o crush ter vindo aqui cedo ontem! Se ele tivesse vindo mais tarde e dormisse aqui, a gente ia acordar tarde, num sei que, eu ia perder a porra desse jogo, diga se não é?! Eu ia me retar! É pra deixar registrado: na Copa, você só pode fazer essas coisas quando acaba a rodada, ou quando não tem jogo.

Terminada a palestra, conto com sua colaboração, caro leitor, para fazer eventuais adaptações nas dicas acima, que aqui foram expostas, claro, pensando mais na bela leitora. Se organizar direitinho, todo mundo aproveita.

Não esqueçamos que, daqui até o final do torneio da Fifa, ainda teremos quatro dias sem jogos. Amanhã, por exemplo, no domingão sem Copa, abre-se uma ótima janela de oportunidade. E com a eliminação do Brasil, hein?! Haja consolo!

*Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados