Coreia do Norte proíbe malaios de saírem do país e Malásia segue a mesma decisão

Proibição de saída será válida até que o caso da morte do meio-irmão do líder norte-coreano seja resolvido

  • D
  • Da Redação

Publicado em 7 de março de 2017 às 09:48

- Atualizado há um ano

A amarga disputa diplomática entre a Coreia do Norte e a Malásia em torno da morte por envenenamento do meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong Un, piorou nesta terça-feira  (7) depois que Pyongyang disse que proibiu malaios de sair da Coreia do Norte.

Tal decisão foi seguida rapidamente pela Malásia, que afirmou que as autoridades da embaixada norte-coreana estão proibidas de deixar o país. A Malásia já havia expulsado o embaixador norte-coreano na segunda-feira (6).

O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte disse à Embaixada da Malásia em Pyongyang que iria proibir temporariamente a saída de cidadãos malaios, de acordo com a Agência Central de Notícias Coreana.

De acordo com o ministério, a proibição de saída será válida "até que a segurança dos diplomatas e cidadãos da Coreia do Norte na Malásia esteja totalmente garantida através do encerramento do caso ocorrido na Malásia.

A Malásia tem perseguido vários suspeitos norte-coreanos supostamente envolvidos na morte de Kim Jong Nam no aeroporto de Kuala Lumpur há três semanas. A Malásia tem quatro suspeitos, incluindo um norte-coreano. A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento no assassinato e acusou a Malásia de conspirar com seus inimigos. O embaixador norte-coreano, Kang Chol, rejeitou a autópsia malaia que mostrou que Kim morto por envenenamento. 

O vice-ministro de Relações Exteriores da Malásia, Reezal Marican, disse a repórteres no Parlamento que existem neste momento 11 malaios na Coreia do Norte: três que trabalham na embaixada da Malásia, dois funcionários da Organização das Nações Unidas e seis membros das família.