Corinthians bate o São Paulo em repeteco da final do estadual

Placar de 1x0 leva o alvinegro para a 3ª colocação; Santos e Inter empatam

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  • Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2019 às 23:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Horita/Estadão Conteúdo

O torcedor do Corinthians continua com a sua doce rotina na sua arena, na capital paulista, quando o adversário é o São Paulo. Neste domingo (26), o clube alvinegro venceu por 1x0, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, e chegou à nona vitória diante do rival em seu estádio. Desde 2014, ano da inauguração de sua nova casa, já são 12 jogos de invencibilidade contra o rival tricolor.

A vitória levou o Corinthians aos 11 pontos no Brasileirão. O time ultrapassou justamente o São Paulo na tabela de classificação e agora é o terceiro colocado por levar vantagem nos critérios de desempate.

Se não bastasse continuar com o incômodo jejum de nunca ter vencido na casa corintiana, o São Paulo vê a pressão aumentar às vésperas da partida dessa quarta-feira (29) contra o Bahia, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O time precisa vencer em Salvador depois de ter sido derrotado por 1x0 em pleno estádio do Morumbi.

O Corinthians abriu o placar logo aos seis minutos. Pedrinho bateu da entrada da grande área, a bola desviou em Arboleda e enganou o goleiro Tiago Volpi. O gol no começo do jogo caiu como um balde de água fria no São Paulo. Nervosos, os jogadores erravam passes fáceis. Alexandre Pato, por exemplo, era facilmente desarmado e Vítor Bueno não aproveitou a chance entre os titulares ao retardar a maioria das jogadas.

Já o Corinthians jogava como o técnico Fábio Carille gosta: no contra-ataque. Faltava à equipe, no entanto, melhor acabamento nas jogadas. Assim, foram pelo menos duas boas oportunidades de gol desperdiçadas antes do intervalo.

Durante todo o primeiro tempo, o São Paulo só conseguiu chegar com perigo uma única vez. Aos 23 minutos, Cássio espalmou chute de Reinaldo e a bola sobrou para Arboleda no rebote. Sozinho, o zagueiro empurrou para o fundo da rede, mas estava impedido e o árbitro anulou o gol.

O principal erro do São Paulo era centralizar demais as jogadas de ataque. Os laterais praticamente não participavam da partida e, assim, facilitavam o trabalho dos defensores do Corinthians, que congestionaram a entrada da área, bloqueando as investidas do adversário. O time tricolor era lento e previsível.

Para o segundo tempo, o técnico Cuca não mexeu no intervalo e o time continuou mal. A primeira alteração veio aos 13 minutos, quando Hernanes entrou no lugar Everton. A equipe perdeu velocidade no ataque e ganhou posse de bola no meio de campo, além força nos chutes de média e longa distância, uma das principais características do meia.

O problema, porém, era o mesmo do primeiro tempo. O time não tinha profundidade e as jogadas de linha de fundo era praticamente inexistentes. O São Paulo não transformava posse de bola em chances de gol e esbarrava no forte esquema defensivo do Corinthians.

O time de Carille, como de costume, confiava no seu poder de marcação e parecia não fazer muita questão de ficar com a bola. Bem posicionada no campo de defesa, a equipe jogava à espera de um vacilo do adversário para sair no contra-ataque.

Como o São Paulo não oferecia perigo, o Corinthians não passou sufoco, com exceção de alguns raros lances de bola parada e nos minutos finais, quando os visitantes subiram a marcação e aumentaram a pressão. Aí, faltaram tranquilidade e pontaria aos jogadores tricolores.

Santos e Inter empatam Na Vila Belmiro, Santos e Internacional empataram sem gols. A partida foi marcada pela interferência do árbitro de vídeo (VAR) em dois lances decisivos.

No primeiro tempo, o VAR confirmou o impedimento de Guerrero no lance do gol de Guilherme Parede que foi corretamente anulado pela arbitragem, comandada pelo paranaense Rodolpho Toski Marques. Na segunda etapa, o juiz marcou pênalti de Victor Cuesta em Rodrygo, mas o VAR foi acionado. Após revisar o lance, o juiz voltou atrás e desmarcou a penalidade.

Com o resultado, o Santos chega a 11 pontos e está entre os primeiros colocados do Brasileirão. Já o Internacional conquista o seu primeiro ponto fora de casa e chega aos 10, também na parte de cima da tabela de classificação.

O jogo começou morno, com vantagem para o Santos na posse de bola. A equipe da casa começou com Jean Mota de falso nove, Sánchez na armação e Soteldo pela esquerda. Já Rodrygo começou aberto pela direita no ataque alvinegro.

Depois do apito final, o atacante santista revelou que foi liberado pela seleção olímpica e não disputará o Torneio Maurice Rivello, na França, mais conhecido como Torneio de Toulon, de modo que permanece no clube alvinegro até 12 de junho, antes de ir para o Real Madrid.

Já o Internacional começou fechado para resistir às investidas iniciais dos anfitriões. Com isso, o princípio da partida foi pouco movimentado. Aos 30 minutos, porém, os visitantes resolveram agitar o certame: Guerrero foi lançado pelo lado esquerdo da grande área e rolou para Guilherme Parede chutar para o gol vazio. Entretanto, a arbitragem marcou impedimento do peruano, confirmado pelo VAR.

Seis minutos depois, Nico López roubou bola de Jorge e passou para Guerrero. O atacante se livrou de Lucas Veríssimo e bateu rasteiro, mas Vanderlei voou no canto e impediu o gol colorado. Na sequência, escanteio cobrado e Emerson Santos ajeitou para Parede, que chutou de direita, mas para fora, perto da baliza santista. Primeiro tempo encerrado, com o Internacional melhor.

No intervalo, o técnico argentino Jorge Sampaoli sacou Sánchez e colocou o atacante Eduardo Sasha. A equipe melhorou, mas não a ponto de dominar o Internacional. Tanto que os visitantes levaram perigo logo aos nove minutos. Edenílson cobrou falta fechado e Gustavo Henrique subiu para cortar, mas a bola ficou na área. Vanderlei saiu mal e Nonato, na entrada da área, ficou com o gol aberto para marcar. Entretanto, o meia chutou mal e desperdiçou a oportunidade.

Cinco minutos depois, o Santos finalmente assustou. Pela direita, Victor Ferraz deu bom passe para Sasha, que rolou para Jean Mota bater em cima da marcação. Emerson Santos afastou a ameaça. Aos 26, os mandantes levaram perigo novamente. Diego Pituca chutou da intermediária esquerda e o goleiro Marcelo Lomba se esticou para defender.

Aos 30 minutos, nova chance santista: Jean Mota fez cruzamento pela direita e a bola tomou a direção do gol de forma estranha, mas Lomba estava esperto e espalmou para escanteio, evitando o gol.

Oito minutos mais tarde, o VAR voltou a ser decisivo. Rodrygo invadiu a grande área e se chocou com Cuesta. Rodolpho Toski Marques marcou pênalti, mas o árbitro de vídeo foi acionado. O juiz revisou o lance e acabou mudando de ideia, frustrando a empolgação da torcida.

Nos minutos finais, o Santos não conseguiu furar a defesa colorada, enquanto que o Internacional desperdiçou boa chance. William Pottker recebeu dentro da área e chutou de esquerda, tirando tinta da trave de Vanderlei, já nos acréscimos. No fim das contas, os gols não saíram e a partida terminou empatada por 0x0.