Corpo de um dos baianos desaparecidos é identificado em Brumadinho

Natural de Santo Amaro, Ednilson Cruz estava sumido desde sexta-feira (25)

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  • Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 06:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Um dos baianos que estavam desaparecidos após a tragédia de Brumadinho teve o corpo identificado. Ednilson dos Santos Cruz, 23 anos, morador de Santo Amaro, aparece na lista da Vale de óbitos da tragédia, divulgada na noite nesta terça-feira (29). Segundo informações da TV Bahia, o corpo dele foi encontrado por familiares na última segunda-feira (28) e levado para o Instituto Médico Legal.

Além dele, outros seis baianos estão sendo procurados: Alex Mário Moraes Bispo, 22 anos, Ademário Bispo, 51, George Conceição de Oliveira, Tiago Coutinho, Carlos Augusto Santos Pereira, 49 anos, e Cássio Cruz Silva Pereira, 27.

Eles trabalhavam em uma empresa terceirizada da Vale, responsável pela barragem, e estavam lá no momento do  rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão. 

Alex Mário Moraes Bispo, 22 anos, Ademário Bispo, 51, e George Conceição de Oliveira, também são de Santo Amaro. Já Carlos Augusto Santos Pereira, 49 anos, e Cássio Cruz Silva Pereira, 27, são de Mata de São João. E Tiago Coutinho é de Salvador.

A prefeitura de Santo Amaro divulgou uma nota em sua página lamentando a morte do santoamarense

Falta de apoio O CORREIO conversou com a esposa de Cássio, Daniela Pereira, que mora com ele, em Minas Gerais, há 3 anos.

Também baiana, ela contou que recebeu a notícia do desastre quando estava em Mata do São João, para onde viajou para ficar uns dias com a família, já que, há um mês, ela perdeu o pai. (Foto: Reprodução) Ela só conseguiu encontrar passagem para voltar para casa dois dias depois da tragédia, no domingo (27). Já em Brumadinho, ela foi direto para o ponto de apoio montado na cidade para transmissão de informações e auxílio dos parentes das pessoas que estão desaparecidas. Por telefone, Daniela reclamou da ausência de informações e, principalmente, da falta de apoio oferecido pela Vale, empresa responsável pela barragem.“Eles não estão dando apoio nenhum. As informações são sempre as mesmas. Nós só queremos encontrar meu sogro e meu marido”, desabafou Daniela.A mãe e o irmão de Cássio moram no estado mineiro há mais de 3 anos - chegaram lá antes mesmo dele receber a proposta de trabalho em uma empresa terceirizada da Vale. Eles fazem companhia a Daniela e ao filho do casal, uma criança de 4 anos, no ponto de apoio.