CORREIO lista presentes de R$ 5 a R$ 50 para o Dia das Mães

Este ano, o comércio baiano estima movimentar R$ 550 milhões

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  • Gil Santos

Publicado em 5 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/ CORREIO

O Dia das Mães está chegando e, com a aproximação da data, no próximo dia 13, começa também o desespero dos filhos para encontrar o presente certo com  preço acessível. Em tempos de crise, é preciso bater perna e pechinchar. Este ano, o comércio baiano estima movimentar R$ 550 milhões. Pensando nisso, o CORREIO listou opções de presente de R$ 5 a R$ 50.

Uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontou que 111,5 milhões de brasileiros disseram que vão às compras este mês para presentear as mães. Desses, 36% pretendem gastar com o presente o mesmo valor de 2017. Mercado começa a aquecer a partir da próxima semana (Foto: Marina Silva/ CORREIO) Tem mãe que diz que o melhor presente é ver o filho feliz. Os filhos, por outro lado, querem mimar e agradecer. Nesse caso, quando o assunto é economia, todo soteropolitano já sabe que uma boa opção é a Avenida Sete de Setembro, no Centro.

A proprietária da loja Baianinha Calçados, que fica na altura  das Mercês, Corina Santoro, conta de tem opções de presentes com preços que vão de R$ 25 a R$ 50. “Eles (calçados) são confortáveis, não machucam e não deixam os pés suados. Alguns modelos nunca saem de moda. São os mais vendidos, todo mundo quer comprar e a reposição acontece sempre”, garante Corina.  Charme Bijouterias, na altura do Relógio de São Pedro, R$ 5 (batom); R$ 13 (sombras) (Foto: Marina Silva/ CORREIO) Outra opção em conta são os produtos de banho. Na Loja dos Bordados, o que mais tem saído é o jogo de toalhas - de banho e de rosto - vendido por R$ 28,70 à vista. O cliente tem a opção também de levar apenas uma das peças por R$ 19,50. O diferencial é que ele pode bordar o nome da mãe na hora, sem pagar nada a mais por isso. Baianinha Calçados, nas Mercês, R$ 25 a R$ 50 (Foto: Marina Silva/ CORREIO) Mais vendas  O Dia das Mães é a segunda data com maior número de vendas no varejo, perdendo apenas para o Natal. A estimativa é de que sejam injetados R$ 17,05 bilhões nos setores do comércio e serviços em todo o país este ano.

Na Bahia, o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Edson Piaggio, acredita que haverá um crescimento de 5% a 8% nas vendas e que a data deve movimentar cerca de R$ 550 milhões. Para ele, a queda dos juros, no índice da inflação e no número de endividados deve ajudar a impulsionar o mercado. Charme Bijouterias, no Relógio de São Pedro R$ 6 (Foto: Marina Silva/ CORREIO) “Além disso, este ano tem a Copa do Mundo. Os setores de eletrodomésticos e eletroeletrônicos devem registrar um aumento nas vendas de até 12%, porque muitos filhos resolvem presentear as mães com TVs e celulares”, conta.

O setor de roupas lidera o ranking com 42% das intenções de compra. Ele é seguido dos perfumes (36%), calçados (23%) e cosméticos (21%). Em 79% dos casos, os entrevistados disseram que vão presentear a mãe. Outros 23% vão dar mimos às esposas e apenas 19% às sogras. Domest&co, próximo ao Campo Grande, R$ 15 (Foto: Marina Silva/ CORREIO) Menos vendas O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Alberto Nunes, está menos otimista. Ele acredita que o aumento nas vendas será de apenas 3% na comparação com 2017. “A economia teve uma melhora, mas não foi muito significativa. As vendas não foram tão boas este ano, então, esperamos que haja um crescimento em maio”, explica.

Para o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio da Bahia (Sindiloja), Paulo Mota, o crescimento será ainda menor e não vai passar de 1%. Ele informou que algumas lojas cogitam estender o horário de fechamento em até 1 hora na véspera do Dia das Mães na esperança de melhorar o faturamento.

“No ano passado, tivemos uma retração de menos 3%, então, esse aumento, ainda que pequeno, representa uma melhora. Maio é importante por dois motivos: o Dia das Mães e por ser o mês das noivas. Os produtos femininos são os mais procurados, sem dúvida”, explica.

Atualmente, Salvador tem cerca de 12 mil lojas, que empregam 125 mil trabalhadores. Na Bahia, são 45 mil estabelecimentos com 250 mil funcionários. O sindicato afirmou que não registrou crescimento no número de vagas de emprego este ano.  CL Presentes, na altura da Piedade, R$ 25 (Foto: Marina Silva/ CORREIO) Pechinchar A pesquisa do SPC mostrou que apenas 19% dos brasileiros pretendem investir mais caro este ano. Do total, 58% deles farão isso porque acreditam que a mãe merece mesmo um presente melhor, 33% porque melhoraram de renda e 29% porque os produtos estão mais caros.

Na média nacional, o valor do presente deve ficar em torno dos R$ 153. Na Bahia, as organizações estimam uma quantia mais modesta, em torno dos R$ 100. 

A secretária Ângela Arcanjo, 36 anos, aproveitou a manhã de ontem para procurar presentes para três mil operárias associadas ao sindicato em que ela trabalha, sendo que cada um não pode custar mais que R$ 10. Na Loja dos Bordados eles são bordadas na hora (Foto: Marina Silva/ CORREIO) Foi na Baianinha Calçados que a camareira Carine Paixão, 31, escolhia um calçado que combinasse com a avó do marido. “Quando você compra, por exemplo, um fogão ou uma geladeira, o presente não é para mulher, é para todos da casa. Uma maquiagem, uma roupa, uma sandália é exclusivamente para ela”, afirma.

De acordo com o levantamento feito pelo SPC, 44% dos consumidores disseram que comprarão um único presente para as mães. Somente 8% pretendem investir em quatro ou mais itens. O ápice no mercado acontece, segundo lojistas, nos dois dias que antecedem a data - brasileiro deixa tudo para a última hora.