Corrida Garotada reúne 1,8 mil em desafio exclusivo para menores

Competição infanto-juvenil abre a programação da 30ª Dez Milhas Garoto, no Espírito Santo

Publicado em 28 de setembro de 2019 às 16:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Adessandro Reis / Garoto
Jovens do projeto social Estação Conhecimento por Adessandro Reis / Garoto

Uma inovação com jeito de sacada de marketing no início do século acabou se transformando em uma prova consolidada de iniciação ao atletismo. É a Corrida Garotada, promovida pela Garoto, que reuniu 1.800 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em sua 18° edição, realizada neste sábado (28), na praia de Itaparica, que apesar de homônima à ilha baiana, fica em Vila Velha, no Espírito Santo.

A disputa infanto-juvenil é uma prévia da Dez Milhas Garoto, corrida de 16km e principal competição do calendário local, cuja 30ª edição acontecerá nesse domingo (29), com largada na capital Vitória e chegada em Vila Velha. São mais de 12 mil atletas inscritos, sendo 5,4 mil provenientes de outros estados ou países, incluindo 160 corredores da Bahia.

A corrida exclusiva para os jovens tem distâncias mais curtas, que variam de 200m a 1,6km a depender da faixa etária. E uma premiação típica da idade: os três primeiros colocados de cada categoria ganham uma bicicleta.

Entre os participantes deste ano, estavam cerca de 140 jovens de projetos sociais. Quarenta deles são do projeto Estação Conhecimento, que oferece aulas de atletismo, natação, futebol e judô para 660 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no município de Serra, vizinho a Vitória.

“São crianças em diversas situações: trabalho infantil, abuso sexual, defasagem escolar, situação de abandono. Lá elas praticam essas quatro modalidades de 9 até 17 anos e a iniciação esportiva é de 6 a 9 anos, no contraturno da escola. A iniciação desenvolve as habilidades motoras da criança e quando ela fizer de 9 para 10 anos, escolhe a modalidade que quiser. Quem está participando aqui são as crianças da iniciação e as que escolheram o atletismo”, comentou André, coordenador esportivo do projeto.

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Em outros casos, os pais e mães, além de acompanhar os filhos, acabam fazendo um programa turístico em família. É o caso da professora Luciana Palavitsinos, que viajou de Brasília com o marido e o filho para cumprir a programação esportiva. "A família toda é de atletas - não só de corrida, mas esportes em geral. A minha área é hípica, meu marido foi corredor quando era mais novo. Acabou sendo o melhor incentivador dele" conta Luciana, ao lado do filho Renato, de 9 anos, que terminou em 2° lugar na categoria 400m e já saiu montado em sua bicicleta.

*O repórter viajou a convite da organização do evento.