Coworking vai funcionar em estrutura sustentável no Parque da Cidade

Estruturas vão ser montadas a partir de recursos do Salvador 360

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  • Amanda Palma

Publicado em 21 de outubro de 2017 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO

O Parque da Cidade vai ter mais uma estrutura como atrativo: um espaço de coworking. Lá vão ser montados 16 contêineres sustentáveis para abrigar empresas que tenham impacto social. “Vai ser um espaço público, para que as pessoas possam trabalhar, com acesso à internet, espaço de reunião”, detalhou André Fraga, secretário municipal de Cidade Sustentável e Inovação (Secis). A estrutura faz parte do eixo Cidade Inteligente, do programa Salvador 360, lançado nesta sexta-feira (20).

As empresas que se enquadram nesse perfil são aquelas que pensam em soluções para o ambiente, mas que não deixam de ter o viés empresarial, com objetivo de lucrar, de manter funcionários com salários. O espaço também vai ter apoio do Parque Social, que também funciona no Parque da Cidade, e já trabalha com empreendedorismo social.

“Você pode atuar como um tema como resíduos sólidos, pensando em resolver um problema do resíduo sólido, mas não como pensam as ONGS. Você pensa sempre em resolver problema e ter um impacto positivo, mas que também vai ter lucro, salário. Essa lógica que é um pouco diferente das ONGs”, exemplificou o secretário.

A previsão é de que as estruturas sejam montadas em abril do próximo ano. A prefeitura vai fazer uma licitação para contratar uma empresa especializada para montar os contêineres que vão ser adaptados para oferecer conforto a quem for utilizá-los. 

O eixo Cidade Inteligente também está ligado a um calendário de eventos voltado para as discussões sobre a área tecnológica. Segundo o  secretário municipal de Cidade Sustentável e Inovação (Secis), André Fraga, é necessário ter uma agenda permanente para que se mantenha o ambiente de inovação na cidade.

“Um ecossistema de inovação só funciona se estiver em completo movimento. Nos principais centros de coworking do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, as pessoas estão sem trocando ideias, conversando e tendo ideias. Estamos articulando esse calendário, para que seja permanente e manter as ações ao longo do ano. Vamos ter dois, três eventos por mês”, explicou Fraga.

A proposta é que os eventos não sejam apenas ligados. “No nosso calendário de eventos temos ações que passam por várias secretarias, mas o objetivo é manter o ecossistema ligado. Todas essas ações estão conectadas. Nossa expectativa é de que as startups que consigam passar pelo processo de validação consigam ir para o coworking e participar desses eventos”, finalizou o secretário.

Além disso, editais de fomento e incentivo às soluções tecnológicas criadas por startups, por meio de convênio entre a prefeitura e o Senai/Cimatec já foram lançados. O foco é nas melhorias de gestão pública, com investimento de R$ 3 milhões (R$ 1 milhão da prefeitura e R$2 milhões da instituição), para cada edital. As empresas devem se instalar em Salvador e a medida deverá contribuir para a geração de emprego e renda locais. O limite para essa iniciativa é de dez empresas, sendo que apareceram quase 70 interessadas, segundo o Senai/Cimatec.